Canadense realiza 3ª escalada feminina da Golden Gate no El Cap

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O Parque Nacional de Yosemite nos EUA guarda algumas das mais belas e desejadas paredes de escalada do mundo. Entre elas o El Capitan, onde está a épica via Golden Gate, graduada em 5.13 americano ou 9b brasileiro, com 34 enfiadas entre a base e o topo da montanha.

A escaladora na grande parede do El Capitan

A escaladora canadense Bronwyn Hodgins, foi a terceira mulher a conseguir escalar essa linha totalmente em livre, ou seja, sem utilizar equipamentos ou artifícios para a progressão, no último dia 13/05. Ela levou 8 dias para completar a via ao lado do parceiro de escalada Danford Jooste.

O dia a dia na parede.

Com essa escalada,  Hodgins já tem sete subidas no El Capitan em seu currículo, entre elas o famosos The Nose, Freerider (também em livre), Salathé Wall e El Corazon.Ela também já escalou outras vias dentro de Yosemite. Para se preparar ela escalou em Saint George, Utah, também nos EUA e depois seguiu para Yosemite onde realizou diversos rapeis para estudar a via e também levar suprimentos para a parede.

A escalada

Lances de equilíbrio, uma sequencia de boulder, uma fenda e uma travessia a centenas de metros do chão são considerados os quatro crux da via. De acordo com a escaladora, o lance de equilíbrio na 19ª enfiada chamado de Downclimb foi o mais difícil para ela. “Tenho 1,65 metro e a descida foi provavelmente o movimento mais difícil em todo o percurso”, diz ela sobre esse trecho da via. Ela conseguiu livrar todos os lances mais difíceis com a média de duas tentativas.

A via Golden Gate é um big wall clássico.

Golden Gate foi livrada pela primeira vez em 2000 pelos irmão Alex e Thomas Huber. Hazel Findley foi a primeira mulher a conseguir chegar ao topo da via nessas condições em 2011 e  Emily Harrington a fez em 2015. Todavia Harrington a repetiu em 2020 realizando a ascensão em apenas um dia. Jooste, no entanto, pretende voltar no próximo ano para a sua ascensão em livre.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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