Carlos Soria completa 85 anos e diz que irá continuar escalando

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O montanhista espanhol, Carlos Soria completou 85 anos, em 05/02, e está se recuperando de um grave acidente no Dhaulagiri, no netantdiz que irá continuar escalando. E assim, o montanhista diz que pretende voltar aos 8 mil metros o quanto antes.

Carlos Soria, o veterano do Himalaia.

Soria começou escalar com 15 anos de idade e pretende se tornar o homem mais velho a completar os 14×8000.  Ele visitou o Himalaia pela primeira vez em 1973, e esteve dezenas de vezes nessas montanhas dentro dessas cinco décadas.

Carlos Soria e o Himalaia

A primeira montanha com mais de 8  mil metros escalada por ele foi o Nanga Parbat (8.125 m) no Paquistão em 1990. Quatro anos depois ele escalou o Gasherbrum II (8.035 m), no mesmo país. Em 1999, já com 60 anos de idade foi a vez do montanhista espanhol chegar ao cume do Cho Oyu (8.201 m) na China.

Em 2001, fez uma escalada praticamente em solitário no Everest (8.848 m) após ser abandonado pelo seu Sherpa que não conseguiu passar do acampamento 3. Em 2004  escalou o K2 (8.611 m), no Paquistão; Em 2007, o Broad Peak (8.047 m) nesse mesmo país; Em 2008, foi a vez do Makalu (8.465 m), no Nepal; Já no ano seguinte, escalou o Gasherbrum I (8.068 m), no Paquistão.

Em 2010, foi a vez do Manaslu (8.156 m); Em 2011, o Lhotse (8.516 m); Em 2014, o Kanchenjunga (8.586 m); e em 2016 o Annapurna (8.091 m) completando assim a sua décima montanha de oito mil metros escalada após o seus sexagenário e 12 em sua carreira.

Atualmente faltam apenas duas montanhas para ele completar o projeto 14×8000, o Dhaulagiri (8.167 m) e Shishapangma (8.013 m). Mas não é por falta de tentativas que ele ainda não concluiu o projeto. Ele já realizou 14 expedições ao Dhaulagiri e na última tentativa, em 2023, ele sofreu um grave acidente.

“Sim, já disse que gostaria de ir para Dhaulagiri, mas para isso teria que estar nas condições em que estava no ano passado. Eu estava em um dos meus melhores momentos: estávamos sempre na frente, fizemos dois acampamentos de uma só vez, levantamos e pegamos os sherpas a 7.000 m e 7.500 metros, empurrando-os. Foi um ano fantástico que não sei se se repetirá ou se nunca se repetirá”, disse ele.

Agora além de voltar a treinar, o veterano do montanhismo também buscará um patrocínio para sua próxima expedição ao Dhaulagiri. Demonstrando uma enorme persistência e força de vontade.

“Vivi uma vida incrível . Dos oito mil que fiz, a maioria foi feita sozinho, com um sherpa, exceto os dois primeiros e os dois últimos. Todos os demais com um sherpa, compartilhando acampamento base com outro grupo, mas não fazendo parte de expedição. Sempre fui sozinho até ter o patrocínio do banco”, contou orgulhoso.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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