Dia 24/12 acordamos ainda de madrugada, com o Léo carregando as malas, o Luca dormindo no colo e algumas bagagens na mão, fomos pegar o ônibus que saia às 5h. A bagagem foi ajeitada em cima do ônibus e depois de muita organização saímos. Na viagem, em meio a cochilos, eu abria a cortina para ver a paisagem. Apesar de já estar a dias nos Andes, tudo ainda me impressionava muito e fui batendo fotos pelo caminho. Passamos pela Aduana Chilena e um pouco mais a frente paramos, na fronteira da Bolívia com o Chile, no meio do nada que e eu apelidei carinhosamente de Terra de ninguém.
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A necessidade é mãe da criatividade, diz um velho ditado. E é mesmo, tanto é q na falta do q fazer num dia de tempo apertado o PE Juquery será sempre a alternativa certa. Mas o q fazer de novo por lá? Pois bem, tendo já palmilhado quase tds as direções possíveis (e impossíveis) desse belo remanescente de cerrado na Metrópole, restava as meter as caras no extremo sul desta pouco conhecida unidade de conservação. O saldo desta visita foi uma breve travessia q nasce da pouco conhecida portaria extremo oeste do pque, corta o mesmo no sentido norte-sul, e desemboca no bairro do Morro Grande, já em Caieiras. Esta pernada teve como respeitáveis obstáculos nada menos q vara-mato, bronca do guarda-parque e rottweiller mal-encarado no trecho final.
O papo de fazer a 7C surgiu derrepente, não sei bem como, andávamos falando em fazer o Agudos ou a Graciosa e cantando o Jurandir Constantino pra nos guiar , além do mais eu e o Sergio já andávamos com uma saudade rasgada da Serra do Ibitiraquire e dos nossos amigos de lá . Acho que entre uma e outra sugestão o Jurandir Constantino em papo no chat do face resolveu que essa era uma boa. O Sergio topou na hora, e eu não ia perder , embora mais de 3 meses na mais completa inércia, sem fazer nada de atividade física que não fosse ir até o carro eu sabia bem que ia atrapalhar …. O bicho ia pegar com certeza, mas minha teimosia sempre foi maior que qualquer dificuldade…
Dia 20/12/2012 acordamos em Susques e tomamos nosso último café da manhã na Argentina este ano, abastecemos o carro em Jujuy e seguimos viagem. Os Andes continuavam mostrando seu majestoso perfil, com ou sem neve. Algumas montanhas multicolores, outras nevadas que pareciam chorar ou gozar, cada uma com sua característica, cada uma com sua digital. Os salares começaram a aparecer com bastante frequência e para decorar ainda mais a paisagem… habituais animais locais como lhamas, vicunhas etc.
Fazer o Ciri de novo não estava nos meus planos, embora vez ou outra o Sergio traz a tona o assunto: Graciosa e portanto Ciririca, Agudos , que é caminho…., e eu, desconverso lógico, embora a travessia da Graciosa seja instigante, ultima coisa que eu quero é me enfiar numa mata fechada , de trilha pouco frequentada, retorno duvidoso e percentual de se ferrar 50 % . Já faz um tempo que na volta desses perrengues venho me prometendo não entrar mais em “fria” e fazer apenas o montanhismo clássico, de contemplação…inexplicável é o porquê não consigo cumprir isso rsrsrs
A idéia era de ir no encalço dum lendário rancho (acampamento de caçador) enfiado nalgum cafundó dos arredores do Rio Sertãozinho, região serrana de Biritiba-Mirim. Mas nem sempre as coisas terminam conforme planejado, principalmente qdo se está atrás duma agulha num palheiro. Entretanto, esta busca infrutífera resultou num pesado circuito de 25kms q percorreu três das gdes quedas deste setor q antecede a descida até Bertioga: as cachus da Pedra Furada, Light e Lagarta. E com bônus. Não tropeçamos com rancho algum, mas tivemos a satisfação da descoberta duma reliquia intacta datada da época da industrialização da Baixada Santista: um forno produtor de carvão q guarda a triste memória da exploração vegetal da região conhecida como Sertãozinho do Tietê.
Dia 15/12 em Salta começou nossa VERDADEIRA climb trip. Tomamos café da manhã e partimos para Cuesta de Los Bispos, rumo a Cachi (3.200mts de altitude) nas Cordilheiras, o objetivo era esboçar uma aclimatação, eu e o Luca nunca tínhamos estado a mais de 2.000m de altitude, seria uma nova experiência, queria ver como nosso corpo responderia. No meio do caminho paramos para almoçar em um vilarejo, boa comida em um restaurante interessante, um barracão grande de chão de terra, com um quintal grande e a impressão de que uma família toda vivia naquele lugar, com direito a cachorro e o que mais quisesse.
O Pico do Guaraú foi uma das primeiras montanhas litorâneas deste q aqui q vos escreve, numa época de informação escassa e trilhas precárias ainda sendo roçadas. Conhecido tb como Morro do Peruibe e (equivocadamente) Pico do Itatins, o Guaraú é uma das maiores elevações da imponente serra q fecha o litoral de Peruibe com vista duplamente privilegiada de dua facetas do litoral sul de SP: de um lado, a horizontalidade da Baixada Santista; do outro, a silhueta escarpada da Reserva Ecológica da Juréia-Itatins. De facílimo acesso e bem próximo da urbe, os modestos quase 610m do seu pto culminante são vencidos por qq alma bem disposta a palmilhar (e escalaminhar) por duas hrs de trilha óbvia e bem batida. Aventura acessível não somente pra duas como tb pras quatro patinhas de qq pet q se preze.
No dia 13/12 acordamos em Foz do Iguaçu e de manhã fomos às compras… acessórios obrigatórios para o carro na Argentina. A travessia da fronteira foi bastante tranquila e na primeira descida ficou claro que não estávamos mais no Brasil. A estrada era uma rota muuuito boa, de mão dupla, pista simples, mas o que mais me chamou a atenção foi a mata ao lado da estrada… linda, com muitos tipos de vegetação de todos os tamanhos e verdes de todas as tonalidades, o acostamento é gramado e tudo parece muito bem cuidado.
Situado nas dependências do Sitio do Bambu, o anônimo Ribeirão Pioli é um dos muitos tributários do conhecido Rio Monos. Mas o q de discreto e timido o Pioli tem no decorrer de seu breve percurso, é na sua foz com o ilustre Monos q o Pioli mostra mesmo a q veio. Um simpático e translúcido poço ao sopé duma bela cascatinha tornam sua visitação programa obrigatório a quem percorre estas bandas da APA Capivari-Monos. De facílimo acesso, o Poço das Virgens é um daqueles roteiros de trajeto breve e nível de dificuldade nulo e, por incrível q pareça, praticamente desconhecido. Um rolezinho com tchibum ideal prum dia quente, no extremo sul de Sampa.