Mostrando: Aventuras
Graças a um feriadão prolongado que se estende da sexta à segunda-feira, retorno a Praia Grande. Saio na quinta, no ônibus das 17 horas pra Torres. Viagenzinha bem chata essa!
Araucárias rodeadas de imponentes montanhas, planícies de pasto ralo e belas cachoeiras são o cenário recorrente da Serra do Cadeado, respeitável elevação do Planalto de Guarapuava q nada mais é que um trecho erodido e desgarrado da famosa Serra Geral no norte paranaense. A apenas 90km de Londrina e 25km da localidade de Mauá da Serra, os paredões verticais q compõem esta cadeia montanhosa são bastante conhecidos por suas vias de escalada, mas tb guardam diversas possibilidades de caminhadas pra ninguém botar defeito. E num simplório fds palmilhamos uma generosa porção sul da serra descortinando as belezas naturais q compõem seus tradicionais ptos turísticos. Uma travessia semi-selvagem de nível moderado neste rincão do sul q mal ainda deu pra arranhar.
Após fazer a digestão de um delicioso pão-com-tomate-e-salsicha e tirar um breve cochilo, retomamos nossa jornada as 13:15hrs, escalaminhando td o trecho do vale ate os descampados de capim daquele primeiro platô da Serra do Cadeado, sob os protestos da algazarra de ruidosas maritacas. Uma vez no alto bastou apenas palmilhar suavemente a vasta campina ressequida pipocada de samambaiais recém-roçados, ganhando altitude de modo a atingir o alto da serra de fato. No caminho, passamos pela Pedra do Favo (&ldquo,Cocoruto&ldquo,, segundo a Cacau), uma gde formação rochosa com formato de barbatana de tubarão onde a galera da escalada se esbalda lagartixando por suas reentrâncias de pedra.
Quem percorre a região de Cruzeiro e Passa Quatro, próximo da divisa entre São Paulo e Minas Gerais respectivamente, nunca imaginaria q aquele cenário ate então bucólico já foi em 1932 um sangrento campo de batalha. De um lado, rebeldes paulistas, do outro, soldados mineiros sob as ordens de Getúlio Vargas. No meio, uma linha ferroviária encravada entre as montanhas da Mantiqueira q a haviam tornado um local altamente estratégico, entrando pra historia como o mais importante &ldquo,front&ldquo, da Revolução Constitucionalista. E foi justamente este trecho desativado de 24km entre ambos municípios q fomos andarilhar neste fds, e assim descortinar as belezas naturais do q já foi um dia a única ligação do sul de MG com o Vale do Paraíba.
Nem bem saímos de Bebedouro Novo às 7 e 30, uma rápida e mansa chuvinha nos apanha em meio à trilha.
Enquanto os integrantes da expedição suíça-alemã-austríaca de Kobler & Partner lidavam com o pessoal pouco cooperativo da LAN Peru, além de serem obrigados a empreender uma visita involuntária da cidade de Lima, eu achava ter embarcado numa viagem ao fim dos tempos. A bordo de um ônibus da linha Expreso Tupiza, atravessava uma remota Bolívia, junto a algumas galinhas, por rodovias não asfaltadas. Como muitos guias de montanha, eu tinha um caminho bastante largo para chegar ao seu escritório…
Depois duma noite mal dormida pra caramba, acordo às 6. O motivo é meu nariz entupidão, embora a garganta não mais me incomode, graças ao poderoso antibiótico ingerido ontem.
Saímos do Brasil no final do mês de junho com destino ao Equador onde teríamos dois objetivos principais a subida do Cotopaxi (5870) e o Chimborazzo (6310), depois do Equador segui a Bolívia com objetivo de trabalhar como guia na expedição do Huayna Potosi e Tarija da Grade6 e neste meio tempo meu parceiro de escalada, Canellas, retornou ao Brasil.
Espreguiço com vontade e pulo da rede. Um baita dia, aquele azulão no céu. Beleza pura quando olho pro pico da Neblina e pra serra do Camelo: estão despejados de nuvens, avistando-se, nos mínimos detalhes, o paredão sul do Neblina, esbranquiçado de liquens, e o paredão sudeste do Camelo, igualmente, coberto por essa associação de fungos e algas.