Quem desce pela tradicional Trilha do Itapanhaú (ou Mogi-Bertioga), não pode deixar de reparar no Cabeça de Nego, o imponente morro em formato de baú q se eleva atrás da casa do Seu Nelson, o tiozinho q costuma atravessar andarilhos de bote sobre o Rio Itapanhaú. De altura acanhada (550m) se comparada a outros maciços da região, este morro tem varias particularidades q o tornam bem interessante montanhisticamente falando: é desgarrado do paredão principal da Serra do Mar, o q o torna uma ilha isolada na baixada, é equivocadamente confundido com o cone rochoso do Morro do Tenente, sua montanha vizinha ao norte, e tem fama de selvagem, inóspito e inatingível , tanto q o simpático Seu Nelson tem conhecimento apenas de um grupo do G.O.E ter alcançado seu cume.
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Após coletar infos avulsas com Seu Nelson, Dom e Nando acertaram seus gps´s, e buscamos entrar num acordo de qual seria a melhor estratégia (rota) pra alcançar o morro. Chegamos num consenso de q isso só seria possível pela esquerda, avaliando as infos e pelas curvas de nível mostradas pela carta topográfica. Pronto, era chegada a hora, e assim deixamos a casa pela esquerda, a quase exatas 8hrs e 20m de altitude, passando por um bando de saíras – pequenos e belos passarinhos de cor verde – beliscando carambolas deixadas por Seu Nelson. Entramos num caminho em meio a um bananal q foi sumindo aos poucos. Antes, porem já estudávamos alguma entrada na mata à direita, já pra ir na direção do sopé do morro. Deixamos assim a trilha mergulhando de vez na mata onde o caminhar era tranqüilo e sem maiores obstáculos. Após cruzar um desbarrancado e bordejar um riachinho pela esquerda, caímos num pequeno descampado pra nos enfiar novamente na mata fechada, passar por mais bananeiras e ter de desviar de um espesso e enorme bambuzal pela direita, onde finalmente tivemos q cruzar o corregozinho q acompanhávamos.
A madrugada está linda e fria (-2ºC) quando acordo para fazer xixi. Embora já minguante, a lua ilumina o campo ao redor do acampamento.
Equador, região de latitude zero, de clima estável, que está próximo de praias, Montanhas Geladas, Vulcões e a magnífica Amazônia. Lugar de muita cultura onde a prática do montanhismo de altitude pode ser realizada o ano todo, ou quase o ano todo como acabamos percebendo.
Quando acordo de madrugada pra fazer xixi (o relógio aponta, exatamente, 1 e 30), a lua cheia, num céu despejado de nuvens, realça com seu brilho prateado os cerros que circundam o acampamento, destacando-se o lindo monolito rochoso Padre Eterno.
A Pedra da Esplanada é um enorme domo rochoso cuja longa e abaulada crista se espicha no sentido leste-oeste 1050m acima do nível do mar, elevando-se acima das encostas verdejantes da Serra do Mar ao sul de Biritiba-Mirim, limite municipal de Mogi das Cruzes. Pouco conhecida e com belíssimo visual, alcançar seu cume não demanda nem uma hora de pernada tranqüila. Contudo, chegar à base da montanha é relativamente complicado por se situar dentro do emaranhado de &ldquo,estradas-de-chão&ldquo, do enorme reflorestamento pertencente à Suzano Papel & Celulose, onde raramente circula alguém e mto menos há transporte publico.
No dia 2 de janeiro de 2010, eu (Nando), Gonça e Julio fomos escalar na pedra do leão a via Cheirinho de Terneiro 4° VI E3, conquistada por PH (Paulo Henrique) e integrantes do GMT. O intuito dessa escalada era terminar de conquistar, o ultimo bloco, esse que deve dar uns 10 metros a mais, do ponto onde PH havia parado.
Ter um Plano B engatilhado é fundamental pra salvar a pátria qdo o esquema principal não vinga por algum motivo. Foi o q salvou o dia, onde nos vimos subitamente barrados do nosso plano original, visitar uma tal Cachu do Guaraiúma, situada numa área de mananciais da Sabesp. Entretanto, o nosso &ldquo,às na manga&ldquo,, a &ldquo,Trilha do Funicular&ldquo,, mostrou-se opção muito mais interessante e emocionante q a mencionada queda d água.
Um dos principais afluentes do grande Rio Itapanhaú, o Rio Jaguareguava é considerado um dos mais belos do Estado de São Paulo por vários motivos. Alem de nascer na Serra do Mar e percorrer sinuosamente quase de 6km dentro de exuberante Mata Atlântica, é um rio raso q sofre fortemente a influencia das marés. E foi justamente o vale cortado por este belo rio de águas cristalinas q percorremos atrás dos 6km da &ldquo,Trilha do Rio Canhambora&ldquo,, um lugar rico em nascentes e recantos cinematográficos, com poços e cachus de água límpida a contento. Mais um breve programa natureba no município de Bertioga q revelou as varias possibilidades de pernadas na região a apenas 100km da urbe paulistana.
Carmen e Enrique despedem-se de nós. Seguem outro rumo, acompanhados por Sergio. Agora, basta de descrever tanto a natureza, quero falar um pouco sobre os meus companheiros de trekking.