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As Travessias de Itatiaia
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Já escrevi antes sobre a TransMantiqueira, uma trilha de 400km que atravessaria toda esta serra. Eu nunca a completei, talvez um dia eu faça, pois já percorri sua maior parte. Mas, se tivesse feito, gostaria de chegar a seu fim por uma dessas travessias no interior do PN Itatiaia, que descrevo a seguir.

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A Serra Morena de Jataizinho
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Jataizinho é uma cidadezinha situada a cerca de 35km de Londrina, as margens do Rio Tibagi e cujo desenvolvimento se deu com a implantação da E. F. São Paulo-Paraná. Com relevo pouco mais acidentado q sua vizinha mais ilustre, o destaque é um serrote q emerge elegantemente 13km ao norte. Chamado de Serra Morena, este acidente geográfico deu nome inclusive a uma das estações ferroviárias na sua base, o atual vilarejo de Cruzeiro do Norte, já no município de Uraí. Mas foi de Jataizinho mesmo q resolvi conhecer esta outrora temida elevação de acesso bem tranquilo, me valendo da histórica malha ferroviária local, estradas de chão e algumas veredas. Eis mais uma pernadinha sussa de meio período (com direito a tchibum) por este rincão natureba do Norte Pioneiro Paranaense.

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A ferradura do Graça
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Principal afluente do Rio Cotia, o Ribeirão da Graça nasce no miolo da Reserva Florestal do Morro Grande pra então seguir seu curso pro norte, em meio a muita mata secundária q alterna fragmentos da original. Atingir a nascente deste límpido curso dágua foi apenas desculpa pruma terceira investida descompromissada á reserva a partir de Caucaia do Alto.

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A trilha Norte do Voturuna
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Ela impressiona quem trafega pela Rod. Castelo Branco (SP-280), na altura de Araçariguama. É a Serra do Voturuna, elegante cadeia montanhosa q se espicha no sentido leste-oeste entre os municípios de Santana do Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus. E os 1200m do seu cume são facilmente acessíveis pelo seu contraforte sul, via Santana do Parnaíba, por breve picada já palmilhada em duas ocasiões. Mas nesta terceira investida fizemos diferente: atingimos o ponto culminante, também chamado de Morro Negro (ou do Voturuna), pelo seu contraforte norte através de cênica vereda q guarda semelhanças com a Serra do Cipó (MG) e descortina novos horizontes desta região do Alto Tietê. Eis um circuito sussa de quase 15 km q nasce (e finda) em Pirapora do Bom Jesus e percorre a cumeeira deste serrote pouco conhecido, mas q já foi referência bandeirante, ativo núcleo minerador e hoje busca o merecido reconhecimento como paraíso ecológico.

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A Pedra Esplanada
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Na carta de Mogi das Cruzes (SP) ela surge como “Pico da Esplanada” embora pros antigos proprietários locais seja conhecida por “Pedra da Laje”. Independente de nome, este um dos belos maciços graníticos q afloram no sertão de Biritiba-Mirim cujo topo, situado na cota dos 1050m, é acessível por vereda sussa e breve. Por isso mesmo foi o rolê programado pra levar um ilustre amigo a fim de vencer seu desnível irrisório de 300m, num bate-volta q serviu inclusive pra verificar as condições duma trilha que não pisava faz tempo. Aproveitando tb esta rara facilidade “off-road” pela região, emendamos até o “Casarão do Chá”, relíquia histórica de traços q misturam a tradição nipônica com enxerto caboclo e prova irrefutável do encontro cultural entre o Japão e o Brasil.

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Wolverine do Neblina
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Durante um período, costumava viajar no início dos anos ímpares para conhecer as montanhas amazônicas. Tentávamos formar grupos grandes, com cinco ou seis pessoas, para diluir o custo de deslocamentos tão longos e logísticas tão complexas. No caso do Neblina, o Tenente Côrtes chefiou nosso grupo.

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O Morro do Vento
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Situado no miolo de Ouro Fino Paulista, bairro rural na divisa de Ribeirão Pires e Suzano (SP), o “Morro do Vento” é uma simpática elevação de fácil acesso, baixo desnível e cercada de mata secundária. Conhecido tb pela galera motoqueira por “Morro da Paz”, fazia tempo q não pisava no alto dos seus quase mil metros q descortinam belos visus das represas de Mogi e Biritiba-Mirim. Aproveitando um domingo de tempo incerto, resolvi então fazer diferente daquela outra ocasião: ao invés de aceder o morro pela “Trilha da Olaria”, via Ribeirão Pires, tentar alcançar o morro pelo seu contraforte sul, isto é, por Rio Grande da Serra. Eis um circuitinho sussa e descompromissado de quase 23km que teve de tudo: trilha, asfalto, estrada de chão, “ferrotrekking” e até “duto-trekking”.

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