Gosto muito de navegar nas redes sócias e pescar dicas de viagens e fotografia dos amigos que postam suas trips de escalada, mas me assusto com o grau de intimidade que algumas pessoas expõem suas vidas dando brechas para comentários de duplo sentido e interpretações sujeitas a erro.
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Tudo começou no Peru. Meu parceiro de julho, o Craig, já estava tirando muito sarro de mim pois eu tinha dito que até o meio de julho tinha que decidir minha vida. O meio de julho chegou e a única coisa que eu consegui decidir é que seguiria viajando, o que não quer dizer muita coisa. Entre os amigos a piada se espalhou e em poucos dias começaram a surgir as sugestões de vir escalar no Himalaia. Pra mim parecia um pouco de loucura pois as passagens eram muito caras, a escalada aqui é cara e não faz muito meu estilo, e pra completar eu não tinha parceiro. De qualquer maneira, antes de descer pra praia fiz uma pesquisa de preços e encontrei algumas passagens por preços muito bons e não deu outra, voltei da praia, comentei sobre os preços com uma amiga que já veio pra cá inúmeras vezes, além de mais algumas pessoas, e todo mundo me disse “compra e vai!”. Dito e feito, eu tinha uma passagem pra passar 2 meses e meio na Ásia, e nenhum plano.
Saindo da mata fechada, escura e úmida onde poucos raios de sol atravessam o compacto dossel superior da floresta, começam os campos de altitude numa explosão súbita de luz e calor. A subida é árdua até este lugar e muito mais exigente será adiante porque é apenas o início da rampa do Camapuã, mas os largos horizontes serranos já estão visíveis desta ampla laje de pedra escurecida, desnuda e aquecida pelo sol.
Relato da conquista da primeira via de escalada em rocha com mais de 1000 metros de altura, realizada no Pico da Maria Comprida em Petrópolis RJ no ano de 2002.
Todos os anos eu vejo muitos brasileiros indo aos Andes para escalar montanhas de altitude. Com a valorização do Real, a alta de nossa economia, acesso à informação, equipamentos e claro, um crescimento da cultura do montanhismo em nosso país, deixamos nos últimos anos de ser elementos raros nas grandes montanhas e passamos a ser um dos países que mais exporta montanhistas em picos populares da Bolívia, Argentina, Chile, Peru e Equador.
Eu iniciei no Trail Running este ano (2014) e para não cair na tentação de me inscrever em uma prova por final de semana decidi que iria realizar apenas as provas dos dois circuitos do Paraná (Naventura e TRC Brasil) e nas distâncias até 13K. No entanto, recebi um convite praticamente irrecusável do treinador Rodrigo Rosini: realizar um prova em Bombinhas (SC).
Minhas duas últimas oportunidades de voar retratam bem o porque do voo livre ser uma atividade tão fascinante e surpreendente mesmo para um piloto com alguns anos de experiência.
Montanhismo é um termo genérico usado para definir muitas das atividades possíveis em meio à natureza, do simples excursionismo a escalada mais radical. É uma invenção relativamente moderna que acompanhou a urbanização das sociedades, surgido talvez da necessidade que algumas pessoas sentem de se manter conectados ao ambiente natural em contraposição ao artificialismo das cidades em que vivem o cotidiano.
Ano de El Niño e portanto clima instável e muita precipitação impediram a grande maioria dos escaladores de tentar montanhas mais técnicas, e Maio foi um mês mais de aquecimento e aclimatação na Cordilheira Branca. Mesmo assim consegui subir algumas montanhas para me preparar para desafios maiores em junho.
O morro do Araçatuba localiza-se na Serra da Papanduva, quase na divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina. É um local muito bonito, onde a caminhada desenvolve-se maiormente em verdejantes campos de altitude.