Minhas duas últimas oportunidades de voar retratam bem o porque do voo livre ser uma atividade tão fascinante e surpreendente mesmo para um piloto com alguns anos de experiência.
Minhas duas últimas oportunidades de voar retratam bem o porque do voo livre ser uma atividade tão fascinante e surpreendente mesmo para um piloto com alguns anos de experiência.
Montanhismo é um termo genérico usado para definir muitas das atividades possíveis em meio à natureza, do simples excursionismo a escalada mais radical. É uma invenção relativamente moderna que acompanhou a urbanização das sociedades, surgido talvez da necessidade que algumas pessoas sentem de se manter conectados ao ambiente natural em contraposição ao artificialismo das cidades em que vivem o cotidiano.
Ano de El Niño e portanto clima instável e muita precipitação impediram a grande maioria dos escaladores de tentar montanhas mais técnicas, e Maio foi um mês mais de aquecimento e aclimatação na Cordilheira Branca. Mesmo assim consegui subir algumas montanhas para me preparar para desafios maiores em junho.
O morro do Araçatuba localiza-se na Serra da Papanduva, quase na divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina. É um local muito bonito, onde a caminhada desenvolve-se maiormente em verdejantes campos de altitude.
Após assistir o primeiro dia de prova, no domingo (20 de Julho) foi a minha vez de correr uma distância um pouco menor: 13km. A prova também contou com a distância de 4km.
No último sábado e domingo (19 e 20 de Julho) aconteceu em Tijucas do Sul-PR a tão esperada Maratona Internacional dos Perdidos. A prova foi organizada pela Trail Running Club (TRC) e ocorreu em dois dias, no primeiro a prova principal com distância de 44,8km e no segundo dia as distâncias de 13km e 4km.
Ninguém sai de casa para um treino ou prova pensando e se acontecer um acidente comigo?!… Porém, todos estão sujeitos a imprevistos.
Passar uma temporada escalando em algum lugar do mundo é sonho de escaladores de todas as disciplinas. A forçca de vontade pra guardar dinheiro, se preparar por meses e às vezes anos, largar um emprego, deixar pra trás amigos e família e outros sacrifícios pra passar um tempinho fazendo o que mais se gosta em algum lugar incrível é um privilégio que pode sim ser atingido. Não foi muito diferente pra mim, e o que muda nessa história é que fui bem impulsionada por uma situação bem ruim no trabalho, e que se arrastava sem resolução já fazia mais de ano. Um mês de férias não bastaria, e depois de muito questionamento tomei a decisão de fazer uma pausa e alimentar a alma de uma maneira mais consistente. Foi questão de semanas entre sair do emprego e organizar o que foi possível, porém sem qualquer perspectiva de itinerário: eu tinha apenas a passagem aérea e uma reserva de alguns dias num hostel, além de alguns contatos com outros escaladores que fiz pela internet.
Ainda lembro do barulho que fazia enquanto eu, parado à base de uma via no Anhangava, via e ouvia aquele parapente amarelo do Rafael Wojcik indo pra lá e pra cá, ralando nas rampas, vias e escaladores.
Vamos começar nossa reflexão com um episódio já clássico, e que muitos certamente conhecem: em 1923, durante uma visita a Nova York em busca de patrocínio para sua próxima expedição ao Everest, o montanhista inglês George Mallory, cansado de responder à mesma pergunta repetidas vezes, por que você quer escalar o Everest?, cunhou a expressão mais famosa, e lacônica, da história do montanhismo sobre o que leva alguém a subir uma montanha: porque está lá.