Brasileiro está entre os montanhistas desaparecidos em icônica montanha peruana

Cinco montanhistas estão desaparecidos no Nevado Artesonraju, montanha de 6025 metros de altitude, localizada na Cordilheira Blanca, próxima a Huaraz no Peru. Os montanhistas, saíram para escalar esta montanha há 5 dias e desde então não deram mais notícias.

De acordo com Beto Pinto, presidente da AGMP, a Associação de Guias de Montanha do Peru, três dos integrantes do grupo eram alunos da Escola de Guias de Huaraz e após a realização de uma busca preliminar, a barraca do grupo foi localizada no acampamento na base da montanha, porém sem sinais de seus ocupantes.

A AGMP trabalha com a hipótese de que os montanhistas deixaram o acampamento para escalar a montanha, porém sofreram algum acidente.

Equipes de busca da própria AGMP estão se deslocando ao Artesonraju com drones e sondas para realizar buscas no glaciar, porém o presidente da associação faz um apelo ao governo peruano por um helicóptero, que poderá acelerar a chegada das equipes ao local e também facilitar a varredura aérea.

O Artesonraju é uma montanha técnica e de grande dificuldade. Seu formato lembra a famosa montanha símbolo dos estúdios Paramont Pictures. Muitos peruanos afirmam que é o mesmo pico, embora a famosa montanhas que aparece na abertura dos filmes norte americanos, não exista de verdade.

A equipe AltaMontanha está acompanhando as atualizações sobre o caso em tempo real. Em breve traremos mais atualizações.

Atualização 03/06 – 18h

A AGMP divulgou a identidade dos alunos que estão desaparecidos no Artesonraju. Entre eles está o montanhista e fotografo brasileiro Edson Vandeira. Além do brasileiro, os peruanos Efraín Pretel e Jesús Picón Huarta também fazem parte da expedição. Eles cursavam o último ano de montanhismo no Centro de Estudos de Alta Montanha de Huaraz e essa escalada fazia parte do curso. De acordo com o itinerário, eles deveriam ter retornado no domingo, 1º de junho. Outros dois montanhistas que estavam na montanha, estiveram com eles em 29/05 e já retornaram na montanha. Segundo essas duas testemunhas, os três estudantes iriam tentar o cume da montanha. 

As equipes continuam fazendo as buscas e pedem encarecidamente ao governo peruano que libere um helicóptero tanto para o transporte dos voluntários e resgatistas como para fazer varreduras mais rápidas na montanha. “Neste momento, teremos que dirigir até Cochapampa. São três horas de carro, e de lá até o local, uma caminhada de cerca de 15 horas. Por isso, pedimos ao Ministério do Interior, à Polícia Nacional e à FAP (Força Aérea Argentina) que nos ajudem enviando um helicóptero”, exclamou Pinto.