Circuito Huayhuash: Caminho ao Pueblo de Huayllapa e as Histórias macabras de Huayhuash

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Relato por: Renan Schuller e Vanessa Laura Franz

Confira o post anterior sobre esta aventura, clicando aqui!

Quinta, 16 de agosto de 2018.

Guanacpatay 4300 m. -> Huayllapa 3500 m. -> Huatiac 4300 m

Nesse dia, saímos do acampamento ás 8 horas, de uma altitude de 4.300m e seguimos baixando ao longo do Vale de Guanacpatay até 3.500m.

Em direção ao arco-iris seguimos caminho

Após este longo trecho quase plano, chegamos em um mirante que dava para um vale de montanhas ingrimes e a partir dai então iniciamos uma longa descida.

Belo mirante antes da descida ingrime até Huayllapa

Durante a descida fizemos fotos nas quedas d’água e paramos ao meio dia para um almoço na trilha.

Como estava bom este prato,”almoço frio” legumes com atum e maionese

Acima dos 4.000m a temperatura era agradável, mas conforme fomos baixando a temperatura foi subindo, insetos começam a aparecer e a sensação de calor, debaixo do sol forte junto do clima seco castigaram. Era ótimo se refrescar nas águas destas cascatas.

Já quase terminando a descida, se vê belas cascatas

Já quase chegando a Huayllapa, paramos no posto para pagar a taxa de acesso, cobrada pela comunidade campesina. A mais cara de toda a travessia, 40 soles por pessoa.

Portal de Huayllapa “Usted está en el corazón del gran circuito Huayhuash”

O acampamento desse dia era em um campo de futebol, ao lado de uma escola, por conta do relevo acidentado, lugares planos por ali eram raros. Tiveram que dividir a quadra da escola ao meio para receber os trekkers.

Montamos nossa barraca e descansamos antes de sair para fazer um reconhecimento neste “pueblo”.

Fomos acordamos pela garotada local, fazendo algazarra do lado de fora! haha

Huayllapa localiza-se em meio às montanhas na pequena e pacata comunidade campesina. Um local com uma realidade um pouco triste. Ruas estreitas, com lixo por toda a cidade. Crianças e idosos em condições precárias e falta de higiene.

O que nos chamou mais a atenção, foram as casas todas com cadeados reforçados. As pessoas ali não eram muito receptivas, sempre te olhando de forma estranha. Descobrimos que o local era cenário de histórias tristes de mortes e assaltos em um passado não muito distante.

“Contaram-nos que dali partiu um casal de trekkers para subir a montanha, no mesmo caminho que faríamos no dia seguinte. O rapaz antes de subir a trilha parou em um bar para comprar mantimentos, onde estavam 2 bêbados, que viram que o rapaz tinha dinheiro e ao final da tarde foram subir a trilha e procurar onde o casal tinha acampado.

Encontraram a barraca e assassinaram os dois, para roubar seus pertences e esconderam os corpos. Mal sabiam que o pai do rapaz era militar do exercito americano e durante 3 meses procuraram os corpos sem sucesso, até que o pai cansado da busca, chegou no pueblo de Huayllapa e ameaçou explodir as montanhas ao redor com dinamite e soterrar o pueblo caso os corpos não aparecerem.

No dia seguinte resgataram os restos mortais do casal e prenderam o assassino…” Confesso que no dia ficamos intimidados com a história.

Durante o dia, crianças vendiam aos turistas ingressos para o “cinema” a 1 sol, que iria rolar no final do dia no colégio. Conforme fomos conhecendo melhor as pessoas fomos nos sentindo mais a vontade no local!

Aproveitamos que tinha ”venda” para comprar cerveja, alguns isotônicos e doces para levar na caminhada do próximo dia. Caminhar por aquelas ruas estreitas à noite nos fazia sentir em um cenário do jogo Resident Evil e a qualquer momento poderia sair um zumbi de algum beco!

Confira a continuação desse relato:

Circuito Huayhuash: Fortes subidas ao passo Punta Tapush

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Sobre o autor

Guia de Turismo credenciada pelo Mtur,24 anos, natural de Blumenau/SC. Estudante de Educação Física, amo os esportes outdoor. Atualmente guio no Norte da Serra Geral em Alfredo Wagner, região e também pelo Circuito Huayhuash no Peru! Pratico trekking, mountain bike,corrida, caiaque e canionismo. Sou idealizadora dos projetos Casal na Montanha e Trekking por Elas! À 4 anos que estou na atividade e essa minha paixão pela natureza só tem aumentado a cada dia!

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