Relato por: Renan Schuller e Vanessa Laura Franz
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Terça, 14 de agosto de 2018.
Huayhuash camp 4350 m. -> Paso de Portachuelo de Huayhuash 4750 m. -> Laguna Viconga 4400 m. -> banos termales (Caminhada de 5 horas)
A noite esfriou, acordamos por volta das 4 am e o termômetro do gps marcava -7c° no avanço da barraca.
Na noite anterior houve chuva e neve. Logo depois entrou uma frente fria que baixou a temperatura e fez tudo congelar, amanhecemos com a barraca assim:
Amanhecer no acampamento Huayhuash
Tudo estava congelado e duro, inclusive os nossos dedos. Foi difícil desmontar a barraca por conta do gelo que havia grudado. Mas mesmo assim guardamos tudo e seguimos caminhando logo cedo.
O dia mais frio da travessia
Como fizemos todos os dias pela manhã, o chá matinal, e o delicio café da manhã servido dentro da grande barraca laranja, o cardápio de ”desayuno” era panquecas feitas pelo nosso querido cozinheiro Ambrósio! Como dizíamos lá, isso na montanha é um luxo!
Grupo reunido durante o desayuno
O dia prometia uma caminhada mais curta e sem nenhuma subida forte. O destino era os banhos termais, um local para tomar um delicioso banho quente e relaxar a tarde toda! Que ótimo, estávamos precisando!
Em direção as acampamento das águas termais
No caminho passamos por uma grande represa, que estava com o nível de água baixo por conta da vazão grande que formou belas cascatas riacho abaixo.
Represa de água de degelo
Descemos por encostas suaves, próximo de uma linda e grande cascata. Seguimos até o acampamento Huayhuash à 4.370m, conhecido pelos banhos termais, no Vale de Huanacpatay. Chegando lá tivemos um merecido banho relaxante nas piscinas naturais de água ‘’demasiado caliente’’. Era só o que queríamos após 4 dias sem banho!
Cascatas no caminho
São 3 tanques de águas bem quentes de aproximadamente 40°C. A primeira é menor e é usado para se lavar com sabonete e shampoo, antes de usar as outras 2 piscinas maiores para relaxar.
Curtindo as águas termais no meio da travessia!
Como o restante do dia era de folga, a ótima noticia era que tinha um campesino que vendia cervejas no local. Aproveitamos a tarde para relaxar e curtir a paisagem deste acampamento.
A clássica Pilsen peruana, gelada diretamente das águas de degelo
No interior do Peru não espere encontrar facilmente cervejas ( ou qualquer bebida ) geladas. Mesmo na cidade em dias quentes, os locais estão acostumados a beber cerveja em temperatura ambiente, algo muito difícil para nós brasileiros que apreciamos uma cerveja bem gelada! Resolvemos isso colocando as garrafas na água gelada do riacho que corria próximo ao acampamento!
“Dia de Folga”
Apreciamos as cervejas num picnic em frente a cascata e subimos num mirante para tirar algumas fotos das montanhas dali. No final de tarde acompanhamos os campesinos que todos os dias vazam toda a água quente das piscinas e a escovam, para deixarem pronta e limpa para os próximos trekkers no outro dia.
Era em direção a estas montanhas que iriamos seguir caminhando amanhã
Todo passo conquistado era comemorado! Um casal de Lima que estava no nosso grupo, muito queridos, Fernando e Angela, eram dançarinos de música Folclorica da Bolivia ”Caporales”, que divide a tradição com os países vizinho como o Peru. Cada passo era dançado com muita alegria!
Leia o próximo dia desta aventura :
Circuito Huayhuash: Os desafios do Passo Cuyoc e o passo Santo Antônio