Confira como foi o primeiro dia de escalada nas Olimpíadas

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As aguardadas competições de escalada nas Olimpíadas começaram hoje 03/08 com as qualificatórias masculinas. Vinte atletas competiram na categoria Speed/Velocidade, Boulder e Dificuldade. Como o previsto apenas oito se classificaram para as finais.

Mickäel Mawem encerrou a primeira fase em primeiro lugar. Foto: Dimitris Tosidis/IFSC

No entanto, há chances remotas de Alex Megos  da Alemanha se classificar caso o francês Bassa Mawem desista da prova devido a uma lesão. Aliás, o time masculino francês que é formado pelos irmãos Mickäel e Bassa Mawem, foi o grande destaque do dia de hoje. Com Mickäel conquistando a primeira colocação.

O anfitrião Tomoa Narasaki garantiu o segundo lugar, seguido pelo norte-americano Colin Duffy. Adam Ondra que era um dos preferidos ficou em quinto lugar e terá que competir seriamente para superar os atletas mais novos. Veja a classificação completa:

1.Mickäel Mawem (França): 33 pontos
2. Tomoa Narasaki (Japão): 56 pontos
3. Colin Duffy (Estados Unidos): 60 pontos
4. Jakob Schubert (Áustria): 84 pontos
5. Adam Ondra (Rep. Tcheca) : 216 pontos
6. Alberto Ginés (Espanha): 294 pontos
7. Bassa Mawem (França): 360 pontos
8. Nathaniel Coleman (Estados Unidos): 550 pontos

9. Alex Megos (Alemanha): 684 pontos
10. Jongwon Chon (Coreia ): 800 pontos
11. Rishat Khaibullin (Cazaquistão): 884 pontos
12. Jan Hojer (Alemanha): 891 pontos
13. Alexey Rubtsov (Rússia): 960 pontos
14. YuFei Pan (China): 1120 pontos
15. Michael Piccolruaz (Itália ): 1248 pontos
16. Chris Cosser (África do Sul): 1440 pontos
17. Sean McColl (Canadá): 1680 pontos
18. Kai Harada (Japão): 3060 pontos
19. Ludovico Fossali (Itália): 4563 pontos
20. Tom O’Halloran (Austrália): 6298,50 pontos

Provas de Velocidade

As provas de velocidade foram as primeiras do dia. O destaque foi para Bassa Mawem  que registrou o tempo de 5,45 segundos, se tornando o mais rápido entre os atletas que disputam a medalha olímpica. O Campeão do Mundo de Velocidade de 2019, Ludovico Fossali não teve a mesma performance de outras competições e acabou em 18º lugar.

Boulder

No boulder foram quatro linhas simples entretanto duras. Nenhum dos atletas conseguiu chegar ao top das quatro linhas. O melhor nessa disciplina também foi  Mickäel Mawem, o único que completou três dos quatro desafios. Ele foi seguido por Narasaki, Ondra, Rubtsov e  Duffy que completaram dois tops cada um. Assim, os demais atletas não conseguiram completar nenhum top.

Dificuldade

Após provas duras e com alto grau de competitividade ainda faltava os 15 metros de via da competição de escalada guiada. Nessa disciplina o destaque foi para Schubert que chegou mais longe, até a 42ª agarra. Duffy também chegou nesse ponto, todavia com 42 segundos de diferença e ficou em segundo lugar. Já Lopez alcançou uma agarra a menos e ficou em terceiro.

Todavia foi na prova de dificuldade que Bassa Mawem sentiu a dor no biceps. Ele seguiu direto para a Vila Olímpica para realizar exames e iniciar o tratamento. O certo é que os dois irmãos, desde que não tenham os braços cortados e quebrados em mil pedaços, estarão lá. Se houver uma oportunidade de vir e competir, eles estarão lá para fazê-lo. Não há dúvidas sobre isso. Eles são guerreiros,” disse o técnico francês, Sylvain Chapelle.

Bassa Mawem sentindo dor ao chegar no chão. Foto: Maxim Shemetov Reuters

A oitava colocação

Com a lesão de Mawem surgiu a hipotese de Megos ser classificado em oitavo lugar. Todavia, o regulamento não prevê essa subida de Megos – nem mesmo se o francês desistir dos jogos. A outra possibilidade é de apenas sete competidores irem para a final. Assim as competições de Speed que serão em formato eliminatório terá que ser reavaliada para que dois atletas possam competir um contra o outro, o que não é possível com sete atletas.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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