O deserto do Atacama é famoso por suas belezas naturais e também por suas montanhas que atraem dezenas de montanhistas todos os anos para explorar suas terras. No entanto, a região da Zona Franca do porto de Iquique, a 1.800 quilômetros de Santiago no Atacama chileno está se transformando em um imenso lixão da indústria e descarte têxtil.
Montanhas de roupas estão se acumulando após serem descartas. As roupas são em sua maioria usadas, vindas da Europa e América do Norte e são vendidas em lotes para o Chile. Os comerciantes escolhem algumas peças e o restante fica na região da alfândega. “O que não foi vendido para Santiago ou foi para outros países (como Bolívia, Peru e Paraguai para contrabando), fica aqui, porque é uma zona franca”, afirma Alex Carreño, que trabalhou no porto e mora perto da área.
Além do grande impacto visual, o descarte clandestino das roupas e sapatos provoca a poluição do local. As peças não são biodegradáveis e possuem produtos químicos em sua composição. Algumas dessas milhares de roupas foram enterradas para tentar evitar os incêndios. Mas ainda assim elas podem liberar poluentes que afetam o ar e os cursos d’água subterrâneos típicos do ecossistema do deserto.
Dependendo do material têxtil, ele pode levar até 200 anos para se desintegrar na natureza.
Fonte: AFP Notícias