Descartes da indústria têxtil transforma área do Atacama em lixão

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O deserto do Atacama é famoso por suas belezas naturais e também por suas montanhas que atraem dezenas de montanhistas todos os anos para explorar suas terras. No entanto, a região da Zona Franca do porto de Iquique, a 1.800 quilômetros de Santiago no Atacama chileno está se transformando em um imenso lixão da indústria e descarte têxtil.

Moradores carentes da região vasculham o local em busca de roupas – Foto Martin Bernetti AFP

Montanhas de roupas estão se acumulando após serem descartas. As roupas são em sua maioria usadas, vindas da Europa e América do Norte e são vendidas em lotes para o Chile. Os comerciantes escolhem algumas peças e o restante fica na região da alfândega. “O que não foi vendido para Santiago ou foi para outros países (como Bolívia, Peru e Paraguai para contrabando), fica aqui, porque é uma zona franca”, afirma Alex Carreño, que trabalhou no porto e mora perto da área.

Além do grande impacto visual, o descarte clandestino das roupas e sapatos provoca a poluição do local. As peças não são biodegradáveis e possuem produtos químicos em sua composição. Algumas dessas milhares de roupas foram enterradas para tentar evitar os incêndios. Mas ainda assim elas podem liberar poluentes que afetam o ar e os cursos d’água subterrâneos típicos do ecossistema do deserto.

Dependendo do material têxtil, ele pode levar até 200 anos para se desintegrar na natureza.

Fonte: AFP Notícias

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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