Dia Mundial da Obesidade, confira 4 dicas para se exercitar e ter mais saúde

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oa data de 4 de março é celebrado o Dia Mundial da Obesidade, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre a condição, que é considerada uma doença crônica por entidades de vários países. A data também tem o objetivo de combater o preconceito e o estigma social sobre esse problema.

foto: pixabay

O peso e a medida da circunferência abdominal influenciam na saúde.

Segundo a OMS, a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo e atinge mais de oitocentos milhões de pessoas. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, mais da metade dos adultos apresentam excesso de peso (60,3%, o que representa cerca de 96 milhões de pessoas), a condição de obesidade atinge 25,9% da população, alcançando 41,2 milhões de adultos. Considerando todas as crianças brasileiras menores de 10 anos, estima-se que cerca de 6,4 milhões tenham excesso de peso e 3,1 milhões tenham obesidade. Já entre os adolescentes brasileiros, estima-se que cerca de 11,0 milhões tenham excesso de peso e 4,1 milhões tenham obesidade. O problema é ligeiramente maior entre os homens.

De acordo com o nutricionista Homero Munaretti, a obesidade é uma classificação dentro do parâmetro IMC. Ele explica que esse é o resultado de hábitos que levam ao aumento do peso e consequente aumento da gordura corporal. Esse aumento está relacionado a diversas doenças metabólicas (diabetes, alterações da tireoide, etc), e com o aumento do risco para outras doenças como as do coração, hipertensão arterial sistêmica, doença do fígado e diversos tipos de câncer (como o de cólon, de reto e de mama), problemas renais, asma, agravamento da Covid-19, dores nas articulações, entre outras, reduzindo a qualidade e a expectativa de vida.

O nutricionista afirma que o sedentarismo derivado da modernidade, somado ao aumento do consumo dos alimentos ultraprocessados é um dos principais colaboradores desse quadro de sobrepeso e obesidade na sociedade.

Como saber se você esta acima do peso?

Além de fazer uma consulta com um especialista, você também pode descobrir se está acima do peso através de um cálculo simples, o Índice de Massa Corporal (IMC).

Esse é um dos indicadores usados pela OMS para verificação do estado nutricional. E você obtém esse valor dividindo o seu peso pela sua altura ao quadrado. Na internet existem diversos sites e aplicativos que calculam esse valor automaticamente.

Se o resultado estiver entre 18 é 24,9 o paciente está dentro do peso normal. De 25 a 29,9 está com sobrepeso. Todavia se o resultado for maior que 30, o paciente é considerado obeso. Há diferentes graus de obesidade, mas todos eles requerem cautela e acompanhamento médico para evitar maiores danos a saúde.

Como combater a obesidade?

Uma das formas de combater a obesidade é através de dietas associadas à prática de exercícios físico. De acordo com Munaretti, existem estudos que mostram que uma pessoa ativa, que pratica esporte e tem hábitos saudáveis, mesmo que acima do peso, tem melhores condições de saúde do que uma pessoa considerada “magra”, mas que é sedentária, ou com hábitos ruins.

Freepik

Pessoas acima do peso que são ativas fisicamente podem ter mais saúde do que uma pessoa com peso normal mas sedentária.

Munaretti considera que os esportes adentram a questão da saúde como um motivador para nos mantermos ativos e como um consolidador de hábitos alimentares. “O aumento da massa muscular esta relacionado segundo estudos com a melhora da absorção dos açúcares do sangue e consequente melhora da glicemia, com até a estabilização da resistência a insulina (diabetes tipo2). Já o aumento e manutenção da massa muscular esta relacionado à preservação das habilidades motoras de idosos e diminuição da sua dependência de terceiros nas rotinas do dia-a-dia, sem contar com a diminuição das internações. O aumento da capacidade cardiorrespiratória tem relação positiva com a diminuição de casos de infarto, AVC e melhora de casos de alterações respiratórias”, detalhou.

Assim, a pratica de esportes, com acompanhamento profissional de qualidade quando necessário garante de modo geral uma vida mais saudável, aumentam o gasto energético colaborando para o controle do peso, aumentam a massa muscular colaborando para diminuir percentual de gordura e aumentar a qualidade motora. “As atividades físicas também liberam hormônios que nos fazem sentir bem, reduzindo até sintomas depressivos, e ainda aumenta o convívio social, o que após épocas de enclausuramento é algo muito bem-vindo”, finalizou Munaretti.

Exercícios físicos e esportes

Considerando os benefícios das atividades físicas e dos esportes pedimos ao profissional de Educação Física, Leandro Neves, para dar algumas dicas para ajudar quem quer começar a praticar alguma atividade física ou esporte para combater a obesidade:

Dica 01- Comece fazendo uma atividade física que você goste

Não adianta nada você se inscrever em algo que não goste, esperando que a opinião mude com a pratica. Isso só aumentará a chance de desistir.

Muitas pessoas não gostam de academias de musculação, mas ficam entusiasmadas com aulas de dança, crossfit, lutas e até com o trekking e o montanhismo. Escolha algo que te faz feliz.

Dica 02 – Escolha objetivos pequenos e constantes

Uma caminhada de 40 minutos diária vai criar um hábito e um resultado melhor do que algo intenso que aconteça uma vez por semana. Todavia, procure a ajuda de um profissional de educação física, por mais que seja uma atividade simples, isso evitará lesões e excessos.

Dica 03 – Não espere resultados imediatos

Você demorou muito tempo para chegar onde chegou, sair não será da noite para o dia. Mas lembre-se que cada ganho é um ganho e irá te trazer muito mais saúde com o passar do tempo.

Dica 04 – Coloque seu exercício em primeiro lugar do seu dia

A chance de você arrumar uma desculpa para faltar ao fim do dia aumenta. E para ajudar, chame um amigo. Atividade física acompanhado será muito mais leve. Além disso, um incentiva o outro e um ajuda o outro a “não cancelar o compromisso”.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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