Do mar às montanhas: nutrir o corpo em movimento

Olá, queridos leitores.

Esse é meu primeiro texto por aqui e chego para apresentar a mim e esta nova coluna: Nutrição na Montanha.

Desde muito jovem, uma pergunta me acompanha: como posso partir deste mundo sem conhecer esse mundo? Foi ela que me levou primeiro ao mar, na vela, e depois às montanhas. Sempre guiada pela mesma busca: estar em movimento, em contato com a natureza, entendendo o corpo como parte viva desse ambiente.

Fui atleta profissional da vela por muitos anos. O esporte me levou a viajar intensamente pelo Brasil e pelo mundo, competir em alto rendimento e conquistar diversos títulos internacionais. Essa vivência moldou minha relação com o corpo, com o limite e com a performance em ambientes naturais imprevisíveis. Foi também nesse caminho que escolhi a Biologia como primeira formação, movida pela inconformidade com a degradação dessa natureza tão maravilhosa e pela curiosidade em entender como a vida funciona e se adapta aos diferentes contextos.

Com o tempo, a montanha entrou na minha vida e aprofundou tudo isso. Somei ascensões a cumes acima dos 6 mil metros, como Huayna Potosí e Acotango, além de montanhas acima dos 5 mil metros e travessias clássicas da América do Sul, como Torres del Paine, Fitz Roy, Huayhuash e Salkantay. Nessas experiências, a fisiologia deixa de ser conceito e vira realidade. Alimentação, planejamento e hidratação passam a ser determinantes para conforto, segurança e sucesso na jornada.

 

A Nutrição surgiu como continuidade natural desse percurso. Após a Biologia, me graduei em Nutrição, com pós-graduação em Nutrição Vegetariana, e aprofundei minha atuação em nutrição esportiva aplicada a trilhas e montanhas, unindo ciência, experiência prática e acompanhamento de esportistas outdoor. Hoje, vivo em um motorhome, transformando a estrada e a montanha em laboratório real de vida e trabalho.

Nesta coluna, escrevo a partir da vivência e da ciência para falar de nutrição aplicada à montanha, trilhas e esportes na natureza, esse ambiente onde nos conectamos com o nosso ser animal humano mais profundo e essencial.

Do mar às altas montanhas, acredito que nutrir o corpo é sustentar a experiência humana no mundo.

Nutrição em movimento, como a vida.

Se quiser acompanhar mais de perto, sugerir temas para os próximos textos ou entrar em contato para iniciarmos um acompanhamento, me encontra no Instagram @larissajuk.nutri.

Desejo lindas festas de fim de ano e que, em 2026, possamos seguir juntos nesta coluna, trocando muita informação e experiência. Vem muito papo sobre nutrição na montanha: nutrientes, hidratação, estratégias e escolhas que fazem diferença no conforto, na segurança e na performance.

Um abraço e até breve,
Larissa Bunese Juk
Nutricionista e montanhista