Equipe conquista nova via no Monte Roraima

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No dia 3/12, Leo Houlding e sua equipe chegaram ao topo do Monte Roraima. Eles escalaram uma linha inédita na “proa” dessa montanha na tríplice fronteira do Brasil, Venezuela e Guiana.

Equipe completa no cume do Monte Roraima

Leo Houlding “livrando” mais um lance.

Houlding  revelou em suas redes sociais que a linha inicia pela  a rota britânica de 1974 e continua por uma série de tetos imensos. Segundo o escalador, eles conseguiram “livrar” a via e grande parte disso foi feito “a vista”. Ou seja, eles escalaram sem usar métodos artificiais para progredir e sem ver alguém escalando antes, o que torna a escalada mais difícil.

Leo Houlding, Anna Taylor, Waldo Etherington, Wilson Cutbirth, junto com os cinegrafistas Matt Pycroft e Dan Howardlivrar passaram cerca de um mês na selva amazônica e a conquista da via envolveu um complexo trabalho de logística e muita coragem.

“Eu costumo escalar vias curtas, de estilo arenoso, então entrar em mais uma mentalidade de escalada/ queda esportiva no Monte Roraima foi um bom desafio”, falou a jovem Anna de apenas 21 anos. Segundo ela, essa escalada foi um marco em sua carreira.

Café da manhã no último dia de parede;

“Houve altos e baixos, clima perfeito e tempestades loucas, aranhas, escorpiões, cobras, cachoeiras, subidas sem fim, escorregadores verticais de lama, pântanos, florestas de lodo, travessias de rios, incontáveis ​​cortes e contusões, muito sofrimento, sacos de exposição e alguns arremessos surpreendentes de escalada. Em suma, a experiência mais incrível da minha vida”,  relatou Anna.

Após muitas chuvas, equipe comemora no topo.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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