Escalador brasileiro escala via de 335 metros em solo

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O escalador Anderson Lima realizou a ascensão em solo da Via Evolução graduada em 6º sup no Pedrão de Pedralva em Minas Gerais, no início de novembro. Após ser desafiado por uma amiga, ele passou cerca de um ano planejando e treinando na própria via para decorar os movimentos antes da escalada sem equipamentos de segurança.

A rota escolhida por Lima possui 335 metros. De acordo com o escalador, ele treinava escalando outras vias mais fáceis em solo. Em um único dia ele chegou a escalar mais de mil metros. No crux da via ele utilizou cordas fixas para treinar os movimentos. ““Cheguei a repetir os cruxes da via cerca de 68 vezes em três meses de treinamento, para assim alcançar a perfeição na movimentação”, contou Lima a Go Outside

No dia da escalada em solo, Lima foi acompanhado por uma equipe de apoio com cerca de 15 pessoas entre fotógrafos, operadores de drones e socorristas. Ele conta que se sentiu ansioso antes de começar. “Mas quando toquei na parede me abstrai de tudo, entrei em um nível de meditação e concentração no qual tudo o que conseguia pensar era no movimento. Quando cheguei ao topo, realmente posso dizer que foi algo que nunca senti na vida, eu só conseguia chorar. Meu coração parecia que ia explodir”, revelou.

Essa não é a primeira experiência de Lima no estilo de escalada em solo. Ele já realizou ascensões assim no Dedo de Deus, na Agulha do Diabo, na Via K2 no Corcovado, entre outras.

È importante ressaltar que esse estilo de escalada é arriscado e não deve ser feito por pessoas sem experiência e um bom preparo.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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