Escalador espanhol encadena via de 11b aos 50 anos de idade

0

O escalador espanhol Carlos Logroño conhecido como Citro entre os seus amigos, encadenou a Via Hulk Extension Total na caverna de Ali Baba em Rodellar. Com 50 anos de idade, Citro mostrou para o mundo que nunca é tarde para buscar seus objetivos escalando essa via graduada em 8C+, o que equivale ao 11b brasileiro.

Citro na Via Hulk Extension Total

Esse não é o primeiro 8C+ que o Citro mandou. Escalador desde 1985, ele tem uma vasta experiência, tanto na escalada esportiva, como em escalada tradicional, na escalada em gelo (Dry-tooling ) e até mesmo o montanhismo de altitude com cumes de cinco e seis mil metros. Quando era mais novo ele também escalou a via  Powerade 8c+ com 42 anos; e o Desafiando a Noa 8c+ com 45.

A preparação de Citro

Em tom descontraído ele contou a revista desnível como foi a sua preparação e o que faz para conseguir se manter com o bom preparo físico.

“No final das contas, trata-se de se divertir e rir. E é isso. O truque é curtir. E se cheguei tão longe, é melhor não mudar muito neste ponto, disse o escalador. Assim, ele também contou que não costuma fazer treinamentos pesados por medo de se machucar. Então, Citro pratica apenas alguns exercícios no Campus Board e escala em rocha o máximo que puder.

O escalador treinando para mandar a via.

Na entrevista ele também falou sobre os mais jovens de 18 e 19 anos que parecem não cansar e como teve que se superar para conseguir o que queria. Entretanto ao ser perguntado como se sentiu por encadenar a via, ele parece não ter ficado muito feliz pois segundo ele gostei da via e agora me obrigo a fazer outras”.

Assim, ao ser perguntado sobre o futuro, o escalador respondeu que já há um combinado entre ele e Alex Huber de chegar aos 60 anos escalando o nono grau francês, que equivale a 11C e 12º grau no Brasil

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário