Escaladora morre após falha de equipamento abandonado na parede

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A escaladora norte-americana, Tina Fiori, de 50 anos faleceu no último sábado, 26/03, após a falha de um equipamento abandonado. Ela estava escalando com amigos no Sheep Pass Campground no Parque Nacional de Joshua Tree, nos EUA quando sofreu um acidente.

Tina era uma escaladora experiente.

Matt Himmelstein, que estava com Tina na hora do acidente contou a Revista Climbing que todos do grupo já haviam escalado a via Turkey Terror ( graduada em 5.9 americano ou 5° brasileiro) e Tina subiu para limpar a rota. Ela estava fazendo o rapel quando caiu cerca de 25 metros. A corda caiu sobre ela com o freio ATC devidamente montado na corda e cadeirinha. “As âncoras que usamos para o top-roping eram sólidas, assim como os parabolts e chapeletas”, acrescentou Himmelstein.
Já outro escalador presente no momento da queda disse ter visto pedaços de uma fita tubular de nylon antiga junto com a corda. Assim, eles deduziram que ela usou essas fitas abandonadas na parede para montar o rapel e elas não suportaram o peso de Tina.
Logo após a queda, Himmelstein saiu imediatamente do local para buscar ajuda enquanto outros escaladores atendiam Tina. Ele guiou os socorristas até o local, mas infelizmente eles não conseguiram reanimar a escaladora que faleceu no local.
“O deserto não é bom para o nylon, então não posso dizer quantos anos aquele equipamento tinha”, disse ele. No entanto o escalador lembrou que os equipamentos expostos ao sol, chuva e até congelamentos se deteriorar muito rápido. “Tudo o que posso dizer é que o sol e os outros elementos não são gentis com esses equipamentos”, disse Himmelstein. “Por favor, se você não tiver certeza das condições do equipamento, deixe um ou dois dos seus como garantia. O custo de um equipamento é tão trivialmente insignificante comparado aos eventos de ontem” escreveu.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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  1. A escaladora norte-americana Tina Fiori, de 50 anos, faleceu no último sábado, 26/03, após a falha de um equipamento abandonado. Ela estava escalando com amigos no Sheep Pass Campground, no Parque Nacional de Joshua Tree, nos EUA, quando sofreu um acidente.

    Tina era uma escaladora experiente. Matt Himmelstein, que estava com Tina na hora do acidente, contou à Revista Climbing que todos do grupo já haviam escalado a via Turkey Terror (graduada em 5.9 americano ou 5° brasileiro) e Tina subiu para limpar a rota. Ela estava fazendo o rapel quando caiu cerca de 25 metros. A corda caiu sobre ela com o freio ATC devidamente montado na corda e cadeirinha. “As âncoras que usamos para o top-roping eram sólidas, assim como os parabolts e chapeletas”, acrescentou Himmelstein.

    Já outro escalador presente no momento da queda disse ter visto pedaços de uma fita tubular de nylon antiga junto com a corda. Assim, eles deduziram que ela usou essas fitas abandonadas na parede para montar o rapel e elas não suportaram o peso de Tina.

    Logo após a queda, Himmelstein saiu imediatamente do local para buscar ajuda, enquanto outros escaladores atendiam Tina. Ele guiou os socorristas até o local, mas infelizmente eles não conseguiram reanimar a escaladora, que faleceu no local.

    “O deserto não é bom para o nylon, então não posso dizer quantos anos aquele equipamento tinha”, disse Himmelstein. No entanto, o escalador lembrou que os equipamentos expostos ao sol, chuva e até congelamentos se deterioram muito rápido. “Tudo o que posso dizer é que o sol e os outros elementos não são gentis com esses equipamentos. Por favor, se você não tiver certeza das condições do equipamento, deixe um ou dois dos seus como garantia. O custo de um equipamento é absolutamente insignificante comparado aos eventos de ontem”, acrescentou.

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