Escaladores de Beirute se unem para reconstruir ginásio

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No início de agosto, a cidade de Beirute no Líbano foi devastada por uma grande explosão em um armazém cheio de nitrato de amônio. Como resultado, foram quase 200 vítimas fatais, centenas de residências e empresas destruídas e mais de 300.000 pessoas ficaram desabrigados e todo um país tentando se reerguer.

A situação política e econômica do Líbano já estava conturbada, com a chegada da Pandemia tudo piorou e a explosão tornou ainda mais difícil a vida dos libaneses. Mesmo assim, a comunidade de escaladores não desistiu de fazer o que mais ama. Após se dedicarem as causas emergenciais e humanitárias, os escaladores da cidade se aliaram para reconstruir um dos ginásios da cidade, o Flyp.

Ginásio destruído após a explosão. Foto: Laura Karam.

Esse ginásio ficava apenas um quilômetro do local da explosão e teve o telhado arrancado e a estrutura principal do armazém, bem como as vigas de sustentação, destruídas. Apenas uma das paredes de escalada permaneceu em pé. Por sorte, o ginásio ainda estava fechado por conta da pandemia e ninguém se feriu.

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A Flyp fez um apelo a comunidade de escaladores libanesa e internacional pedindo ajuda para reconstruir o local e não deixar o esporte morrer no país. Assim, grupos de escaladores de outras academias do pais ajudaram a resgatar equipamentos entre os destroços e arrecadar  fundos para a reconstrução. Todavia, eles também lançaram uma campanha de crowdfunding GoFundMe e pediram ajuda a comunidade de escalada de outros países. Até o momento foram arrecadados cerca de 12 mil dólares, entretanto a dona da academia acredita que conseguirá reabrir o ginásio em breve.

Após trabalhos humanitários e emergenciais escaladores reformam ginásio. Foto: Laura Karam

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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