Eslovena encadena via Géminis’ 8b+ (10c BR) a vista

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O mês de outubro esta sendo muito bom para a nova safra de escaladoras esportiva. Poucos dias após a italiana Laura Rogora encadenar a via Erebor, e se tornar a primeira mulher a atingir a graduação de 9b+ ou 12c (BR), mais uma cadena histórica aconteceu. A eslovena Vita Lukan encadenou a via Geminis’ 8b + 10c (BR) a vista em Rodellar.

Vita escalando em Rodellar.

Isso significa que Vita escalou toda a via na primeira tentativa sem cair e sem ter visto ninguém escalando antes. É comum na escalada esportiva, os escaladores tentarem uma rota até conseguirem a “cadena”. Algumas vezes o escalador precisa se dedicar por meses para encadenar determinada via. No entanto Vita conseguiu um feito excepcional ao conseguir já na primeira tentativa uma graduação de 8b+ 10c (BR).

“Foi uma luta enorme, não só contra o cansaço, mas também contra mim mesmo: é difícil manter a calma no topo de uma via de 40 metros quando a mente começa a pregar suas peças. Eu ainda tenho uma espécie de relação de amor e ódio com essas rotas rodelares longas e inclinadas … e ainda não me acostumei a usar os joelhos”, escreveu em seu instagram.

Outras nove mulheres estão junto com Vita no seleto grupo que conseguiu a marca de um 8b+ (10c BR) a vista. Todavia, esse é o grau máximo atingido a vista por mulheres. Já a graduação máxima atingida a vista por homens é de 9a (11c BR), em vias encadenadas por Adam Ondra e Alex Megos. Para muitos entusiastas da escalada, o grau “a vista” ou “Onsight” é o grau real que um escalador consegue encadenar.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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