Falece brigadista surpreendido pelo fogo

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A temporada de graves secas e estiagem tem causado inúmeros incêndios florestais em todo Brasil. Assim, o prejuízo natural dessa temporada é incalculável e nessa terça-feira, junta se a esses danos a triste perda do brigadista Wellington Fernando Peres Silva. Ele faleceu no hospital em consequência dos graves ferimentos e queimaduras que teve ao sofrer um acidente enquanto combatia um incêndio no Parque Nacional das Emas, em Chapadão do Céu, Goiás, em 21/08.

O brigadista Wellington Peres deixa esposa e duas filhas.

O brigadista e sua equipe foram surpreendidos por uma mudança brusca de direção do vento que fez como que o fogo o atingisse. Peres teve 80% do corpo queimado e passou 12 dias na UTI, entretanto não resistiu.

O brigadista foi removido para o hospital em Chapadão do Céu.

Peres estava com 41 anos, era casado e tinha duas filhas.  O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade homenageou o brigadista. “Nas lutas, há dias alegres e tristes. Há vitórias e derrotas. As pessoas se unem. Há aqueles que, entre nós, para cumprir com tal chamado divino, arriscam e até doam suas próprias vidas. Um destes ícones é o nosso analista ambiental WELLINGTON PERES, que, na data de hoje, nos deixa e eterniza seu nome na galeria de Heróis do ICMBIO”, escreveu em comunicado.

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Ambiental de Goiás (Semad) também comunicou pesar pelo falecimento do brigadista. “Aos familiares, nossas sinceras condolências por perderem esse verdadeiro herói que sempre trabalhou na defesa e na proteção do meio ambiente”.

De acordo com a direção do parque, cerca de dois mil hectares de vegetação já foram consumidos pelo fogo.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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