FEPAM faz recadastramento de voluntário para trabalhar em brigada de incêncio

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A Federação Paranaense de Montanhismo está efetuando o recadastramento de todos os Voluntários da Brigada Voluntária de Prevenção e Combate a Incêndios em Montanha que gradualmente serão capacitados


Todos os anos nos meses mais secos de inverno ocorrem incêndios florestais na Serra do Mar do Paraná que provocam perdas irreparáveis para a biodiversidade e qualidade ambiental dos sistemas ecológicos de montanha florestadas, únicas no mundo, presentes em nossas paisagens.

O recastramento está sendo feito cedo este ano para deixar tudo preparado para que no auge da seca haja um corpo de voluntários e combatentes preparados para evitar que os incêndios sejam grandes como aquele que destruiu as vertentes ocidentais do Pico do Caratuva em 2007.

Os incêndios nas montanhas da Serra do Mar são do pior tipo, pois como as temperaturas médias por lá são baixas quase o ano todo, a matéria orgânica não se decompõe com facilidade e se acumula no solo, formando as chamadas “turfeiras” que são altamente caloríficas, formando os incêndios de sub superfície que são reativados de acordo com a presença de vento. Sem chuva, um incêndio destes pode durar mais de um mês, é o que diz Pedro Hauck, montanhista e geógrafo, mestrando em dinâmica da paisagem na UFPR.

Hauck também diz que embora haja uma justa preocupação da comunidade de montanhistas com estes incêndios, muitos deles ocorrem de maneira natural, sendo que há registros geológicos de que incêndios ocorram nas vertentes voltadas para o planalto desde o término da última grande fase glacial, há cerca de 8 mil anos atrás e que existe nas florestas de araucárias e campos gerais toda uma ecologia do fogo que tem que ser melhor estudada e até mesmo manejada. Entretanto, isso em hipótese nenhuma pode servir de desculpa para incêndios criminosos, que são a maioria dos casos e que devem ser punidos.

Outro problema que tem que ser combatido é a questão dos balões, que são muito populares em Junho devido às festas juninas. Estes balões são soltos exatamente na época mais seca em que há maior probabilidade de queimadas. Devido ao relevo da Serra do Mar, muitos destes balões se chocam com as montanhas e provocam queimadas em áreas remotas que são especialmente as que há maior interesse em preservação e maior dificuldade de combate à incêndio.

O projeto de iniciativa dos montanhistas paranaenses tem o apoio do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, Corpo de Bombeiros, Força Verde e demais órgãos ambientais. Ajude as montanhas e se cadastre.

Maiores informações podem ser obtidas através do email [email protected].”

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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