Homem falece no Morro do Anhangava. Bombeiros realizaram manobras de reanimação por quase uma hora

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Um homem de aproximadamente 50 anos foi encontrado caído em uma das trilhas do Morro do Anhangava, no Parque Estadual da Serra da Baitaca, em 21/01. Outro trilheiro que passava pelo local viu o homem sozinho e chamou ajuda.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que o homem provavelmente havia sofrido uma parada cardiorrespiratória (PCR). Assim a equipe iniciou as manobras de reanimação imediatamente e revezou com outros socorristas por cerca de 50 minutos. Todavia, as manobras não surtiram efeito e ele foi declarado morto no local.

O Samu e o Corpo de Bombeiros foram até o local para atender a vítima.

A identidade da vítima não foi revelada. Testemunhas afirmaram que familiares foram chamados ao local e ficaram abalados com a morte súbita. O Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Paraná auxiliou na remoção do corpo que foi encaminhado para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.

A vítima foi encontrada na parte inicial da trilha, a cerca de 20 minutos da entrada do Parque onde todos devem fazer o cadastro. No entanto, não foi divulgado se ele estava iniciando ou finalizando a caminhada.

Infelizmente os casos de mal súbito durante atividades outdoor não são incomuns. Em 2020, Rafael Paes, de 38 anos faleceu enquanto subia o Morro do Araçatuba, também na região metropolitana de Curitiba. Em 2019, um montanhista de 54 anos, com experiência e preparo físico faleceu ao fazer a trilha do Pico Caratuva no Paraná. No mesmo ano, uma mulher de 52 anos que fazia trekking na Serra Fina chegou a ser socorrida, mas faleceu no hospital. Em todos esses casos, as vítimas eram apararentemente saudáveis e sofreram um mal súbito.

Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) realizando remoção de vítima na montanha. Foto: Divulgação

Como prevenir um mal súbito na montanha

Um mal súbito provocado por uma parada cardiorrespiratória, um AVC, arritmias cardíacas ou aneurismas é um problema de saúde silencioso, que geralmente não apresenta sintomas. Em algumas exceções, a vítima pode sentir incômodo no peito, batimentos cardíacos acelerados, mal-estar, enjoo, dor de cabeça e falta de ar.

No entanto, é possível preveni-lo com a realização de exames de check up e avaliações físicas feitas por médicos periodicamente. Manter-se ativo e praticar atividades físicas regularmente também ajuda a prevenir esse tipo de problema de saúde.

“A recomendação é que as pessoas acima de 35 anos antes de qualquer atividade física procure um cardiologista, para ter uma avaliação completa. Já abaixo dessa idade, pode procurar um clínico geral, e, em caso de alguma alteração, será encaminhado para um especialista”, recomenda a cardiologista e professora da Pontifícia Universidade de Campinas (PUC-Campinas), Flávia Mothe.

As pessoas com maus hábitos alimentares, obesos, consumidores de álcool e tabaco e sedentários estão mais propensos a sofrer com esse problema. Nem sempre um mal súbito leva ao óbito, mas quanto maior for o tempo para reanimação, menores são as chances de a pessoa sobreviver, e ainda pode sofrer sequelas irreversíveis pela falta de oxigenação no cérebro.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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