Instituto Água e Terra pretende multar montanhistas que entraram em Parques Estaduais fechados

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Diversos Parques Estaduais do Paraná foram fechados nos últimos finais de semana devido à instabilidade do clima. O mesmo aconteceu durante o feriado do Dia de Finados (02/11), data em que pelo menos 11 parques não receberam visitantes devido as chuvas intensas ocorridas nos últimos dias, alagamentos em trilhas ou reformas. Também houve parques fechados parcialmente.

Segundo o Instituto Água e Terra (IAT) a medida foi “preventiva e atende a uma orientação da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil em razão das fortes chuvas há dias no Paraná há dias”. Parques do interior do Estado que possuem cachoeiras também foram interditados temporariamente devido ao volume intenso de água e o risco de deslizamento. As unidades de conservação do Pau Oco, em Morretes, Mata dos Godoy, em Londrina, e Ilha da Cobras, em Paranaguá permanecem fechadas para reformas.

Pico do Marumbi

No entanto, as chuvas esperadas para o final de semana deram lugar a dois dias ensolarados. Diversos montanhistas chegaram a questionar o fato de manter os parques fechados mesmo com a melhora do tempo. A Associação Nas Nuvens Montanhismo publicou uma carta aberta manifestando a sua insatisfação e posição contra o fechamento dos parques. “Gostaríamos de compreender quais seleções técnicas embasam o fechamento dos parques de montanha, pois certamente existem alternativas viáveis”, questionaram.

:: Leia a carta aberta completa.

No entanto, alguns visitantes foram além disso e entraram nos parques fechados. Assim, o Diretor do Patrimônio Natural do Instituto Água e Terra, Rafael Andreguetto publicou uma nota em que afirma que o IAT irá multar os visitantes que teriam supostamente burlado a regra. Segundo ele, foram encaminhadas à fiscalização inúmeras postagens de pessoas presentes nas montanhas, em especial no Parque Estadual Serra da Baitaca, Pico Paraná e Pico Marumbi.

Ainda de acordo com Andreguetto, se constatado que o visitante esteve em um dos Parques enquanto eles estavam fechados será feita uma notificação e lavrado o auto de infração conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais.

Em seu comunicado ele ainda defendeu o IAT das críticas recebidas. “Se houve fechamento por prazo temporal, isso se deve há muitos fatores, os mais recentes são os eventos climáticos, que infelizmente serão cada vez mais recorrentes. Ah! Mas tinha sol, ok, mas o alerta de mau tempo estava vigente, as trilhas estão mais frágeis e suscetíveis a deslizamentos, escorregamentos, bem como aumenta os riscos de acidentes”, escreveu.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

5 Comentários

  1. Para lavrar o auto de infração eles precisariam multar na hora, com CPF da pessoa…
    Eles estão dando carteirada só para assustar… A lei é clara. Pegar imagens de redes sociais não vale de nada, pq eles não tem como comprovar de fato através de um CPF atrelado.

  2. Decisão monocrarica em

    Boatos q era para os servidores emendarem o feriado….

    Risco de acidentes existe TODOS os fins de semana. E ai, vai fechar pra sempre?

    A defesa Civil nao reconheceu esta determinação…. e ai?

  3. Gilley Vidal Drumond em

    Não concordo com a administração do parque, que quer multar montanhistas, que são pessoas responsáveis que cuidam do local e geralmente são, ambientalistas, tem que multar às pessoas que estão desmatando florestas inteiras e colocando fogo

  4. Os donos do mundo, que vivem do dinheiro alheio arrancado via impostos, vão perseguir quem não se ajoelhar às autoridadss supremas. Como ousam não me obedecer ? Esse modelo de parques acaba criando uma casta de burocratas prepotentes, que passam a mandar em áreas enormes, como se fossem donos. E esses burocratas odeiam visitantes, vistos como estorvo nas áreas naturais.

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