Kristin Harila escala Everest e Lhotse no mesmo dia e quer bater o recorde de Nirmal Purja

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O Alpinista Nirmal “Nims” Purja mostrou que escalar os 14 oito mil em pouco mais de seis meses não é impossível como se imaginava antes. Agora a montanhista norueguesa, Kristin Harila, segue os passos de Nims na tentativa de superar seu recorde e escalar as maiores montanhas do mundo em menos de seis meses, ou seja, ainda em 2022.

Kristin Harila no acampamento Base do Everest. Foto: Pemba Sherpa

No último domingo, 22/05 às 8h45 ela chegou ao cume do Monte Everest (8.848m). Nesse mesmo dia às 17h50 ela pisou no cume do Lhotse (8.516 m) , a montanha irmã do Everest. Ela escalou as duas montanhas na companhia dos Sherpas Pasdawa Sherpa e Dawa Ongju Sherpa e usou oxigênio suplementar.

Ela desceu para o Acampamento Base do Everest sem descansar, completando o percurso do Acampamento 4 – Everest – Lhotse – Acampamento Base em cerca de 28 horas. Mas não é só isso, com a escalada do Lhotse ela completa a quinta montanha de oito mil metros escalada em apenas 24 dias.

Antes do Everest e do Lhotse ela havia escalado o Kangchenjunga (8.586 m) em 14/05, o Dhaulagiri (8167m) em 08/05 e Annapurna (8.091 m) em 28/04. Assim ela superou a marca de Nirmal Purja que escalou cinco montanhas em 29 dias e segue com seu projeto #bremont14peaks. A próxima montanha planejada ainda para essa temporada de primavera é o Makalu (8462 m).

Duas mulheres desafiando os oito mil

Além de Kristin, a indiana Kaur Baljeet também segue escalando em tempo recorde as montanhas de oito mil metros. Ela somou quatro montanhas de oito mil metros nesse mesmo período de 24 dias. Ela começou como o cume do Annapurna em 28/05, em seguida, conquistou Kagnchenjunga em 12/05 e por fim o Everest em 21/05 e o Lotse em 22/05.

Baljeet Kaur no cume do Lhotse.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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