Menina fica presa pelo cabelo ao fazer rapel com pai em São Paulo

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Criança ficou pendurada por 10 minutos no Viaduto do Metrô Sumaré.
Bombeiros recomendam que se evite expor menor a risco desnecessário.

Uma menina, de 7 anos, ficou com o cabelo preso nas cordas durante uma descida de rapel com o pai dela no viaduto do Metrô Sumaré, na Zona Oeste de São Paulo, no início da noite deste sábado (8), de acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo. Segundo ele, a criança chegou a ficar pendurada por cerca de 10 minutos em uma altura de cerca de 20 metros. Como estava atrelado à menina, o pai dela também ficou pendurado.
 
Para o resgate, foi necessário utilizar a autoescada para que a criança pudesse apoiar os pés antes de retirá-la com segurança. Segundo Palumbo, o bombeiro responsável pelo resgate precisou puxar o cabelo da menina para livrá-la das cordas. Depois de resgatada, a menina, que chorava muito, foi levada para o Pronto Socorro do Hospital São Paulo.
 
“Ela estava chorando de dor. A criança, quando é muito nova, fica com medo e encosta o rosto na corda ou em qualquer outra parte do equipamento de rapel, como o ‘oito’ de aço ou o 'mosquetão'. Em caso de cabelo comprido é mais fácil de enroscar e de ficar presa. Daí não consegue descer mais. Por isso, recomenda-se às mulheres que prendam o cabelo antes de fazer rapel. E no caso de crianças o ideal é que se evite expô-las a riscos desnecessários”, afirmou Palumbo.
 
Segundo o capitão, a prática de rapel em um viaduto dentro da cidade não é permitida. O viaduto está localizado sobre a Avenida Sumaré, uma das mais movimentadas da Zona Oeste. “É uma via muito movimentada. Tivemos de interromper o trânsito para fazer o resgate com segurança. Não sei por que continuam a fazer rapel naquele local”, disse.
 
Ao se decidir por praticar um esporte radical, a primeira medida a ser tomada é o cuidado com a segurança, recomenda Palumbo. “O rapel é um esporte radical e, por isso, antes de praticá-lo é preciso treinar bastante, adquirir muita experiência. Você tem de se preparar. No caso dos bombeiros, por exemplo, antes de fazer um resgate com rapel, um bombeiro faz um curso de 45 dias. Por isso, ao se fazer este esporte, tem de ver primeiro o lado da segurança, escolher um local adequado e, claro, evitar expor as pessoas, principalmente crianças, a riscos desnecessários”, concluiu Palumbo.
 
Todo o equipamento de rapel foi apreendido por policiais militares. Um boletim de ocorrência deverá ser registrado no 91º distrito de polícia, também na Zona Oeste, e o pai da criança poderá responder por expor menor a risco.
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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