Por Cristiane Perroni
A cada estação um alimento é lançado como emagrecedor ou que promova aumento de performance esportiva. A tapioca é a “queridinha” do momento. Mas ela emagrece? Tem alto ou baixo valor calórico? Como pode ser usada?
A farinha de tapioca é um produto característico das regiões norte e nordeste do Brasil. É produzida a partir da fécula extraída das raízes da mandioca, possui elevado teor de amido, baixo teor de proteínas e lipídios.
No nordeste é muito utilizada na forma de bijus, mingaus e farofas, na forma de pirão, ou acompanhando o feijão, a carne seca, o café e a rapadura. Na região amazônica é consumida na forma de mingaus, roscas, bolos, pudins, sorvetes e acompanhando o açaí.
Com a globalização, seu consumo está aumentando em todo país e até mesmo fora do Brasil, e na região sudeste está sendo muito utilizada em substituição ou como variação ao pão, farinhas em preparações doces e salgadas.
Verdades e mitos sobre sua utilização:
Mito: baixo valor calórico e emagrecedor
A Farinha de tapioca possui valor calórico similar às demais farinhas (trigo, aveia, arroz), sendo um excelente substituto ao pão para aumentar a variedade alimentar ou para indivíduos que tenham restrição a glúten.
Não possui valor calórico baixo: informe nutricional 331 kcal100g (Tabela TACO). Deve ser utilizada com moderação.
1 colher de sopa cheia (20g) possui em média 70kcal
Comparação com as demais farinhas:
Verdade: não contém glúten
Não contém glúten, podendo ser utilizada por indivíduos com alergia (Doença Celíaca), intolerância ou sensibilidade ao Glúten. É muito indicado também como variação ao nosso pãozinho, pois quanto maior a variedade alimentar menor a sensibilidade ao glúten.
Mito: pacientes diabéticos não devem utilizar
Pacientes diabéticos podem utilizar, mas por ser um carboidrato complexo de alto índice glicêmico precisa ser acrescido de fibra, por exemplo acrescentar 1 colher de sopa de semente de chia a massa e incrementar com recheios proteicos.
Verdade: excelente como pós-treino para atletas
Por apresentar alto índice glicêmico é excelente para ser utilizado com recheio proteico no pós-treino, promovendo rápida recuperação muscular e conferindo saciedade.
Sugestões para o preparo:
1 – Evite recheios “gordos”: carne seca, queijo coalho e catupiry
2 – Utilize recheios proteicos “light”: ovo mexido, cottage com peito de peru, queijo prato light com presunto magro, requeijão light com lombom canadense, salmão com cream cheese light, atum, frango desfiado com requeijão light e tofu com cogumelos
3 – Acrescente à massa da tapioca: chia, linhaça, aveia. Por serem fontes de fibras diminuem o índice glicêmico da preparação.
4 – Acrescente aos recheios: tomate, alho poró, palmito, cogumelos, alface, rúcula, cenoura e beterraba ralada, berinjela e abobrinha grelhada, espinafre. Conferem cor, sabor e textura prazerosa, aumentam o teor de fibras, vitaminas e minerais.
Cristiane Perroni é nutricionista formada pela UFRJ e pós graduada em obesidade e emagrecimento com especialização em nutrição clinica, nutrição esportiva e trabalha com consultoria e assessoria na área de nutrição.
Deu água na boca? Confira nossa linha de Alimentos Liofilizados