Montanhista Argentino falece no Ojos Del Salado, 2ª montanha mais alta das Américas

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O Ojos Del Salado é um vulcão com 6893 metros de altitude localizado na fronteira entre Chile e Argentina. Com apenas 64 metros a menos que o Aconcágua, ele é a segunda montanha mais alta das Américas e atrai inúmeros montanhistas. Nessa temporada, com as fronteiras de ambos os países fechadas para estrangeiros, apenas os montanhistas da argentina e chilenos puderam acessar a montanha por rotas em seus países de origem.

Ojos del Salado. Foto Pedro Hauck

Assim, uma equipe com cinco montanhistas e um guia de Córdoba, na Argentina começaram a escalada dessa montanha pelo lado argentino no último dia 01/03.Todavia, um dos integrantes do grupo se sentiu mal há cerca de 6 mil metros de altitude e decidiu voltar para o último acampamento à 5900 metros, onde pretendia  esperar o resto da equipe.

O grupo retornou por volta das 20h30, ou seja, dezesseis horas depois de partirem e encontrou o montanhista já morto na barraca. A princípio o guia e os companheiros do montanhista iriam descer o corpo dele até a base da montanha. Todavia eles desistiram por conta das condições climáticas e do desgaste físico em que se encontravam, optando por não se colocarem em maiores risco.

O resgate

Uma equipe de Resgate em Alta Montanha formada pela polícia local e pela procuradoria de Tinogasta estão a caminho da montanha para realizar o resgate do corpo. O lado argentino do Ojos del Salado tem um acesso com carros 4×4 bastante complicado. Eles deverão levar pelo menos 60 horas para conseguir concluir o trabalho. Estima-se que eles precisarão de pelo menos 24 horas para chegar a Fiambala e depois mais 24 horas para se aclimatar para só depois disso começarem o operativo.

Vulcão Ojos del Salado. Foto Pedro Hauck.

O restante do grupo e o guia já se encontram na cidade de Fiambalá onde se apresentaram a  Gendarmaria Nacional, para prestar depoimento e realizar atendimentos médicos. Agora a polícia argentina irá investigar a causa da morte do montanhista e a conduta do guia que o acompanhava, bem como se o grupo tinha experiência e condições para realizar aquela ascensão.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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