O montanhista e escalador brasileiro José Luiz Pauletto faleceu nessa madrugada, 27/01, em decorrência de problemas causados pelo Alzheimer, em sua casa. Zé Luiz como era conhecido pelos amigos mais próximos estava com 62 anos e foi um pioneiro do montanhismo e da escalada brasileira nos anos 1980/1990.
Formado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP), José Luiz era apaixonado pelas montanhas e praticava corrida diariamente. Assim, ele foi o primeiro brasileiro a escalar o El Capitan na Califórnia, EUA, em 1983, onde morou por alguns anos. Bem como foi o primeiro escalador brasileiro a subir o Monte McKinley, em 1984. Atualmente o McKinley é chamado de Denali e faz parte do projeto dos Sete Cumes.
Em 1987 ele também foi o primeiro brasileiro a tentar escalar o Fitz Hoy. Todavia, José Luiz perdeu seus equipamentos que foram soterrados durante uma nevasca e não pode escalar. Além de suas aventuras fora do país, ele também escalou e conquistou diversas vias de escalada no Brasil, principalmente no Parque Nacional do Itatiaia.
José Luiz também escalou na Cordilheira Branca no Peru, em 1982. Essas montanhas são conhecidas pelo grau elevado de dificuldade. E o Kangchenjunga, entre o Nepal e a Índia, e chegou a 7400 metros de altitude. Com 8586 metros no total esta é considera a terceira montanha mais alta do mundo.
Recordista no Aconcágua
No ano de 1996, José Luiz bateu o recorde mundial escalando o Aconcágua em apenas 5 horas e 29 minutos. Esse recorde levou quatro anos para ser quebrado. Para realizar esse feito, José Luiz, passou 20 dias em Plaza de Mulas aclimatando, ele subiu e desceu parte da montanha varias vezes para que o seu corpo se acostumasse com a altitude. Assim, o escalador se orgulhava de seu recorde e conquista. “É uma questão de superar etapas. Foi o dia mais cansativo da minha vida, o impacto muito é grande.”
Seu amigo e parceiro de escaladas, Thomaz Brandolin, conta que além de um excelente montanhista, José Luiz também era uma boa pessoa. “Ele era muito carismático, tranquilo, generoso e gostava de ajudar as pessoas”, disse Brandolin.
4 Comentários
Que pena me deu a morte do Pudim! A pedido de um amigo da CAP, que lhe queria fazer uma homenagem cerca de um ano atrás, consegui descobrir um primo seu que me falou de sua dificuldade mental. Há muito tempo, morava em Campos do Jordão. Tinha uma mulher e um filho, Giovanni, que deve ser homem já de 25 ou 30 anos.
Acho que o Pudim, que não era sociável, se isolou do mundo nessa casa distante. Sinto remorsos por não tê-lo procurado mais. Hoje estou muito triste, acho que ele deveria ter tido mais sorte e alegria na vida. Um dia nós lhe faremos companhia e, se ele estiver de bom humor, poderemos compartilhar suas ironias.
Vdd conheci o Pauletto ha 20 anos atrás em Sao Paulo…muuto simples e generoso.
Inclusive lembro que me trouxe sacos de dormir de penaa de ganso russos…kmkk
E tambem fitas k7 de musicas tibetanaa.
Foi morar em Campos do Jordão por idéia do meu marido Juan Carlos Marrero que eram muito amigos.
Deus o abençoe onde estiver …hoje meu marido pediu para eu procura-lo na Internet…para localiza-lo….estamos muito tristes mas Deus sabe de todaa as coisaa….fique em paz amigo!!!!
Em 2018 quando fiz minha subida no Denali me inspirei nele, por ter sido o primeiro brasileiro a conquistar a montanha totalmente independente.
O antigo recorde do Pauletto no Aconcágua sempre me deu orgulho de um brasileiro ter feito grandioso.
Que descanse em paz e deixa p/ quem fica gratas lembranças de montanha.
Puxa vida!! Que tristeza, estou aqui em Cuiabá e derepente me vem na memória o
Zé vou na internet e ….. fiquei chocado, fiz um Trek incrível para Evereste em 94 com ele ,ele era tudo de bom tomara que um dia eu consigo encontrá-lo novamente jorge Luiz Manfio