Múmia encontrada em montanha pode ser de montanhista desaparecida há 40 anos

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O corpo mumificado encontrado em 28/01 no Mercedário trouxe a tona um antigo mistério, que pode ser finalmente solucionado. Acredita-se que ele perteneu a Marta Emilia Altamirano, mais conhecida como Patty, uma montanhista que morreu durante uma expedição aos Andes em março de 1981.

O Mercedário possui 6.720 metros de altitude e é a oitava montanha mais alta dos Andes.

Segundo o relato da irmã da montanhista, Corina, e do guia Sergio Bossini que estavam juntos na expedição, ela caiu enquanto o grupo pegava gelo para derreter e escorregou centenas de metros para a morte. Os dois passaram a noite procurando por Patty, mas só conseguiram chegar até ela no dia seguinte. Infelizmente, ela já estava sem vida.

Devido ao dificuldade de acesso, os dois a deixaram o corpo no local e voltaram para a base em busca de ajuda, onde chegaram quatro dias depois. Quando as buscas oficiais começaram a neve já havia soterrado o corpo e os resgatistas não conseguiram mais localizá-la.  Pelo menos outras três expedições de busca foram realizadas nos anos seguintes.

Patty na época da expedição.

A descoberta da múmia

Agora, após a descoberta da múmia, especulou-se que ele pertencia ao montanhista alemão, Andreas Colli, desaparecido em 2002. No entanto, exames mostraram que se trata de uma mulher com idade entre 18 e 30 anos.

Patty tinha 20 anos quando desapareceu. Além disso, Jorge Prieto, um médico que participou da segunda expedição de busca declarou que “Não há dúvida de que é ela. Estou absolutamente certo. Não há nenhuma outra pessoa desaparecida, muito menos uma mulher. Tudo combina”.

A família de Patty se dirigiu para a região para realizar exames mais detalhados. Amigos relataram que ficaram surpresos. “Isso tudo é muito forte para a família. Temos que esperar que identifiquem o corpo. Mas também é fechar um capítulo. Mais de 41 anos se passaram”.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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