Nepal proíbe dupla acusada de falsificar cume no Everest de escalar

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O Everest é uma das montanhas mais desejadas entre os montanhistas do mundo todo. Todavia, a glória e os louros de ter chegado até o topo dessa montanha pertence a poucos. Em 2016, os alpinistas indianos Narender Singh Yadav e Seema Rani Goswami alegaram ter conseguido vencer essa montanha. Entretanto pouco depois essa escalada foi declarada falsa.

A foto apresentada por Yadav como prova do cume.

Os Sherpas, outros escaladores e o guia da expedição em que estavam os dois montanhistas já suspeitavam da veracidade do cume deles. Assim, foi realizada uma investigação em conjunto entre os governos do Nepal e da Índia, que determinou que eles chegaram até  27.000 pés, o que equivale a 8.229 metros de altitude. O cume do Everest fica a 8.848 metros.

Como consequência, o Ministério da Cultura, Turismo e Aviação Civil do Nepal proibiu a  dupla de alpinistas de escalar no Nepal. Além disso, os prêmios e bônus que eles haviam ganhado foram suspensos.

As provas do cume

Yadav ainda apresentou algumas fotografias que deveriam servir como prova do feito dos dois. Todavia, outros montanhistas apontam características nas fotos que mostram que ela pode ser falsa, como a falta de reflexo nos óculos do montanhista, o uso da máscara de oxigênio sem o tubo e as bandeirinhas sem movimento. O líder da expedição em que os dois estavam também contou que os dois ficaram muito mal durante a subida, com queimaduras e precisaram ser resgatados porque estavam com pouco estoque de oxigênio e os dedos dos pés congelados.

Com o aumento dos cumes, também aumentaram as falsificações. Isso se deve porque em países como a Índia, além da fama, os montanhistas que chegam ao cume do Everest também ganham prêmios e vantagens. Ao contrario, quando se descobre que uma falsificação, os prêmios são devolvidos e os privilégios são cortados, como ocorreu com Yadav e Goswami.

 

 

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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