Nepal retira 34 toneladas de lixo de montanhas em mega faxina

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O exercito nepalês liderou uma campanha de limpeza das montanhas de oito mil metros do país, a Mountain Clean-up . Em conjunto com outras instituições governamentais, patrocinadores e doadores, eles retiraram 33.877 kg de lixo do Everest, Lhotse, Kangchenjunga e Manaslu. Eles também removeram dois corpos do Kangchenjunga.

Entre os materiais encontrados havia diversos equipamentos de montanha, camping, embalagens de comida e roupas. Foto: Cortesia Mountain Clean-Up Campaign

A campanha durou dois meses e terminou no último dia 31/05. A equipe foi formada por 30 soldados e 57 sherpas, que além de coletar o lixo também separaram por tipo, local encontrado e peso. No total, 7.227 kg do lixo recolhido é de material biodegradável e os outros 26.650 kg não biodegradáveis.

Equipe de limpeza das montanhas. Foto: Cortesia Mountain Clean-Up Campaign

Essa é a terceira edição da campanha  Mountain Clean-up que começou em 2019 como parte das ações do governo nepalês para preservar o ambiente de montanha. O montanhismo praticado nessas montanhas oferece uma receita anual considerável ao país. Na primeira edição foram retirados da montanha cerca de 10 toneladas. Em 2020 a pandemia impediu que a faxina acontecesse, retornando apenas em 2021 com o recolhimento de 27,6 toneladas de resíduos.

Todo o material retirado da montanha foi enviado para Kathmandu. Já os dois corpos encontrados no Kangchenjunga foram removidos e encaminhados para o necrotério do Hospital Distrital de Taplejung para identificação. Os detalhes de onde os corpos foram encontrados e a identidade deles ainda não foi divulgada.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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