Além de Waldemar Niclevicz há outro brasileiro desafiando o Annapurna, na verdade uma brasileira, a amazonense radicada nos Estados Unidos Cleo Weidlich.
Cleo, como é chamada, apareceu muito recentemente no cenário do montanhismo internacional. Ela foi descoberta pelo pesquisador do montanhismo brasileiro Rodrigo Granzotto Perón, que organiza as estatísticas sulamericanas no Himalaia. Rodrigo conta que ela primeiramente se identificava como americana, mas depois revelou ter nascido em Manaus.
Apesar de ser conhecida há muito pouco tempo, ela tem um currículo de montanha extenso, tendo, entre várias outras montanhas, escalado com sucesso 5 oito mil metros. Estes números, no entanto, são controversos, pois há pessoas que discordam de suas afirmações.
No relato publicado por Waldemar Niclevicz, ele cita seu encontro com Cleo Weidlich e demonstra sua preocupação com seu estilo de escalada, que é feito com muitos Sherpas pessoais e garrafas de oxigênio e o risco que poderia estar submetendo sua equipe ao tentar fazer cume na montanha hoje, de maneira precipitada e sob condições climáticas desfavorável:
Quando desci do meu acampamento 2 para o acampamento-base, deparei-me com umas dez barracas a 5.500m, uma delas era da brasileira Cléo, que muito precipitadamente pretende fazer o ataque ao cume nos próximos dias, com a ajuda de vários sherpas e de garrafas de oxigênio, ninguém realmente está entendendo o que se está passando com ela. Mesmo assim fiz questão de pedir a ela que se cuidasse.
Ao que tudo indica, a sugestão de Niclevicz foi aceita. Cleo pretendia iniciar a puxada final até o cume hoje, mas desistiu. Em seu diário de expedição, publicado no site Extremos, Cleo diz que o excesso de neve ocasionado pelo mau tempo aliada com uma enorme greta no meio caminho a forçou para deixar o ataque ao cume para mais tarde.
Tanto Cleo, quanto Waldemar se encontram atualmente no Acampamento base.
