A pernada se manteve no mesmo compasso durante um bom tempo, ate q alcançamos uma beirada de serra onde tivemos o primeiro contato visual com o Monte Crista, as 12:13! Localizado num serrote esparramado à sudeste, ainda havia q vencer uma nova seqüência de cristas e morrotes menores até lá, com trilha bem obvia e visível! Com ritmo inabalável, continuamos nossa empreitada agora sob forte calor do inicio de tarde! Descendo através de cristas e cocorutos sucessivos e cada vez mais próximos do Monte Crista, passamos inclusive por blocos rochosos q escondiam tocas e algum lixo. Estávamos no rumo certo mesmo!
Resultados da busca: quiriri (48)
Desembocamos no laguinho as 14hrs, na cota dos 1275m, e vendo q estávamos adiantados em nosso cronograma e no rumo certo, resolvemos lagartear ali mais um pouco. O local é encantador, pois o lago é cercado de montanhas q lhe conferem um aspecto exclusivista, reservado apenas à andarilhos privilegiados como nós, pois o acesso é totalmente fora de mão aos demais mortais. Algumas mini-cachus nas proximidades marulham na mata baixa ao redor, onde abundam dejetos do q parece ser de capivaras. Sim, capivaras acima dos mil metros de altitude, alem de pegadas de pequenos felinos! Pois bem, naquele local deslumbrante ficamos à toa, apreciando a paisagem ou simplesmente descansando. Banho q é bom, nada, pois a água tava tinido de gelada. Mas isso não intimidou a Milena, q redimiu seu atraso como digna representante do sexo frágil e mergulhou na água de uma vez, pra espanto de uma machaiada boquiaberta.
O despertador chama as cinco em ponto e imediatamente pulo da cama. É uma noite quente e curta, alguns sabiás já despertos enchem a madrugada com seu canto e visto as roupas de batalha. Nada além de calção, camiseta, um agasalho de pille e as botas de caminhada, tomo um rápido café enquanto a Solange prepara os sanduíches para a primeira jornada. Minutos depois estamos a caminho para apanhar o Elcio e o Batista que nos esperam na outra extremidade da cidade.
Fotos de Elcio Douglas Ferreira
É desnecessário recomendar aos corredores de aventura para que nem tentem repetir isto sem apoio logístico dos Mariners. Mas foi o que o Elcio Douglas Ferreira e o Arlindo Rossi (ambos com 40 anos) fizeram na madrugada de 04/06/2009, enfrentando distancia superior a 60 km que separa as bases das duas montanhas nas proximidades da divisa do Paraná com Santa Catarina com temperatura de -5ºC e sensação térmica inferior aos -15ºC.
Planejar caminhadas com amigos…
Arrumar uma mochila…
Andar por florestas, campos, vales, cristas, cumes…
Observar cenas raras, paisagens incríveis…
Sentir uma paz indescritível…
E foi assim que decorreu a maior parte da travessia realizada entre a Pedra da Tartaruga e o Monte Crista (Quiriri), mas prefiro enfatizar aqui o que é preciso saber para refletir, parar de falar e quem sabe, agir.
Por Bárbara Pereira com fotos de Elcio Douglas
O recente incidente no K2 é mais uma daquelas tragédias previamente anunciadas e as comparações com o ocorrido no Everest em maio de 1996 se tornam inevitáveis. O episódio foi fartamente documentado e discutido nos livros do Krakauer e do Boukreev. As interpretações foram conclusivas; pessoas despreparadas estavam no lugar e na hora erradas.
A dupla de montanhistas Elcio Douglas Ferreira e Mikael Arnemann completou os cerca de 70 km da travessia entre os estados do Paraná e Santa Catarina pela primeira vez em apenas dois dias de caminhada.
Assim se dizia na colônia em que fui criado – Louco é o Padre que veste a camisa por cima do paletó – comparando a batina litúrgica do sacerdote com os trajes domingueiros dos fiéis.