Em 2010 vi na televisão no noticiário das oito, em horário nobre, a chamada de 30 centímetros de nevasca no sul do Brasil. Meu queixo caiu, o mundo era diferente do que eu havia imaginado, registrar a queda da neve brasileira se tornou uma missão deste montanhista desde então. Não seria nada fácil, seria questão de meter a cara e apostar na precisão da previsão ou simplesmente dar sorte de uma super massa de ar polar avançar pelas terras tupiniquins. Deu certo após uma tentativa in situ no ano de 2011, naquele gélido mês de agosto quando eu, Pedro Hauck, Camila Reis e Máximo Kaush nos aventuramos no sul do nosso país. Tempos diferentes aqueles…
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*02 de Julho de 2012 Segunda-feira 6:30h* Durante a noite varias vezes acordei com luz da lua furando a mata, cada vez mais baixa, caindo a oeste. Agora finalmente os primeiros sinais dum novo dia. Me sentia muito bem em estar ali. O agudo do cotia sempre foi uma montanha que me atraiu. Talvez por ser como ela é, tão distante e inacessível. Não menos a travessia até a graciosa. Este dia prometia tudo isso, e acima de tudo, o fim da primeira e mais longa etapa. Isso era inspirador, e sem conseguir me conter, novamente fiz baderna no acampamento, e logo todos estavam afim de me matar.
01 de Julho de 2012, domingo 7:00h Até então, está foi a noite mais agradável. Nada de sede, nem pessoas com dores, ou gotas sacudidas na cara. A mata estava seca, e o céu limpo, com seu azul transpassando entre as folhas e galhos. Os amigos ainda dormem profundamente, mas por pouco tempo. Devem me odiar por isso. Mas nossa missão é gigantesca, e ainda mal começou, perto que tem pra fazer. O sol batendo no topo das arvores informa que acabou a moleza e é hora de pular. Se existe outra grande vantagem do bivaque além do mínimo peso, é a agilidade com que se desmonta.
As coisas estão caminhando lentamente. Dia 18 de setembro fiz juntamente com minhas irmãs o teste HLA no Hospital das Clínicas, teste este que nos dirá quanto temos de compatibilidade para fins de transplante de medula óssea. O resultado está pra sair e logo saberei meu futuro. Nesse meio tempo, me sentindo muito melhor, marquei com o amigo Flávio Varrichio uma investida para montanha, realmente ousada dadas as devidas circunstâncias, Serra Fina. Eu sei, não deveria ter ído pra lá, mas não suportava mais ficar em casa vendo outros amigos indo pra montanha, então fui pra lá tocar pra frente um projeto antigo. A companhia não poderia ter sido melhor.
“Todo homem é uno quanto ao corpo , mas não quanto a alma” . Esta é a concepção expressa por Hermann Hesse em “O Lobo da Estepe” . Pois bem , há algum tempo venho me preparando física e psicológicamente para o encontro com as tão sonhadas placas do Ciririca , nesse último final de semana a oportunidade surgiu.
Por que a Alfa Crucis é a maior e a mais difícil travessia do Brasil?
Os montanhistas Elcio Douglas Ferreira e Jurandir Constantino realizaram a maior travessia entre montanhas no Brasil, fazendo 44 cumes em 102 quilômetros de trilhas na Serra do Mar paranaense.
De acordo com os organizadores do evento, Andrey Romaniuk, Alessandro Haiduke e Elcio Muliki, o festival foi excelente e superou as expectativas.
No final de semana passado o escalador Edemilson Padilha junto com Willian Lacerda e Alexandre Lorenzetto estiveram em Ortigueira, interior do Paraná, onde conquistaram a via Orange Crush 7a A2 (IXA) 150 mts.
Juanito Oiarzabal é o maior recordista de ascensões à montanha de 8 mil metros do mundo e um dos mais polêmicos montanhistas também.