Polícia investigará morte da Sucuri Vovózona em Bonito

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A Sucuri-verde chamada de Anajulia, também conhecida como Vovózona foi encontrada morta no rio Formoso em Bonito, no Mato Grosso do Sul, em 25/03. A Polícia Civil e uma bióloga fizeram uma primeira perícia para identificar a causa da morte do animal. As investigações continuam para descobrir o que aconteceu com a famosa cobra que era atração das áreas alagadas de Bonito.

A Vovózona em seu habitat natural.

Com cerca de 10 anos de idade e 6,5 metros de comprimento, a Vovózona era considerada o maior exemplar vivo catalogado da sua espécie. Ela ficou famosa quando Vilmar Teixeira passou a mostrar ela e outras sucuris em seu canal de youtube para desmistificar a fama de mau desses animais. Ela atraia inúmeros turistas que desejavam conhecer e ver a espécie de perto.

A notícia de sua morte gerou comoção nas redes sociais. Mas segundo Pedro Ramalho, delegado responsável pelas investigações, nenhuma perfuração nem projétil foram encontrados no animal. O que contradiz as informações iniciais que apontavam uma perfuração por arma de fogo na cabeça como causa da morte. De acordo com a perícia, apenas um arranhão próximo ao olho foi encontrado.

Também foram coletadas amostras para realizar exames e descobrir a causa da morte do animal. Se for comprovado crime contra o animal, o autor será responsabilizado e poderá pegar de seis meses a um ano de prisão e receber multa de R$ 500 mil.

A Sucuri passará por um processo de taxidermização e ficará exposta no acervo de animais taxidermizados da Polícia Militar Ambiental no município de Campo Grande.

A vida de uma Sucuri

As sucuris são as maiores serpentes não peçonhentas da fauna brasileira. Ela é um animal carnívoro e se alimenta basicamente de peixes e anfíbios. No entanto também é comum ver ela caçando animais que chegam próximo ao rio para tomar água como capivaras, antas, veados e até jacarés e bezerros. Ela mata suas presas por constrição, ou seja, apertando e sufocando os animais.

Apesar de não ser um animal agressivo e não oferecer grandes riscos ao Ser Humano, a espécie sofre grandes ameaças tanto pela falta de conhecimento da população que se assusta com sua aparencia como pela destruíção de seu habitat natural.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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