Primeira morte no Everest dessa temporada é registrada

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O monte Everest atrai montanhistas do mundo todo em busca do sonho de chegar ao ponto mais alto do mundo. Durante a primavera, no hemisfério norte, quando as condições do tempo estão melhores, acontece a temporada de escalada dessa montanha. Infelizmente, essa temporada nem bem começou, e já registrou a primeira morte de um montanhista.

A cachoeira de gelo do Khumbu é uma das partes mais perigosas da escalada do Everest.

O Sherpa Nima Tenji Sherpa, faleceu hoje 14/04, na cascata do Khumbu, enquanto se deslocava para o Acampamento 1. O montanhista de 38 anos já escalou o Everest diversas vezes e estava carregando equipamentos para clientes estrangeiros.

Ainda não se sabe a causa da morte. Mas de acordo com Greg Vernovage integrante da  equipe em que Nima trabalhava, ele desmaiou devido alguma doença pré-existente e foi encontrado sentado, do lado da trilha com sua mochila nas costa, porém já sem vida. Após o ocorrido, outros sherpas carregaram seu corpo até o acampamento base.

Segunda morte no Himalaia em menos de uma semana

Essa foi a segunda morte em montanhas do Himalaia em uma semana. Em 12/04, o montanhista grego, Antonios Sykaris, de 60 anos, faleceu após chegar ao cume do Dhaulagiri. Ele começou a se sentir mal no topo da montanha e recebeu a ajuda de Dawa Sherpa para descer até cerca de 7.400m. No entanto, 15 horas após ter chegado no cume ele não resistiu a falta de oxigênio.

Sykaris no Acampamento Base.

Dawa Sherpa também precisou ser resgatado e chegou em segurança no Acampamento Base.

Essa é foi a quarta tentativa do montanhista de escalar o Dhaulagiri. Todavia, ele já havia escalado o Annapurna, Everest, Lotse, Kangchenjunga e Manaslu. Ele também estava na expedição invernal ao K2 que fracassou após a morte de 5 montanhistas em 2021.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

2 Comentários

  1. Marlon do Amaral em

    Triste, estive no dia 09/04 na base do Everest onde tive o prazer de conhecer o Sherpa Nima Tenji, participamos da cerimônia Budista no dia 10/04, que desejava boa sorte à todos os integrantes da International Mountain Guides.
    Muito triste acordar hoje em Nanche Bazar/Nepal e me deparar com essa notícia!!

  2. Registrada primeira morte da temporada no Everest

    O monte Everest atrai montanhistas do mundo todo em busca do sonho de chegar ao ponto mais alto do mundo. Durante a primavera no hemisfério norte, quando as condições do tempo estão melhores, acontece a temporada de escalada dessa montanha. Infelizmente, essa temporada nem bem começou e já registrou a primeira morte de um montanhista.

    O Sherpa Nima Tenji Sherpan faleceu hoje, 14/04, na cascata de gelo do Khumbu, enquanto se deslocava para o Acampamento 1. O montanhista de 38 anos já havia escalado o Everest diversas vezes e estava carregando equipamentos para clientes estrangeiros.

    Ainda não se sabe a causa da morte. Mas, de acordo com Greg Vernovage, integrante da equipe em que Nima trabalhava, ele desmaiou devido a alguma doença pré-existente e foi encontrado sentado, ao lado da trilha, com sua mochila nas costas porém já sem vida. Após o ocorrido, outros sherpas carregaram seu corpo até o acampamento base.

    Segunda morte no Himalaia em menos de uma semana

    Essa foi a segunda morte em montanhas do Himalaia em uma semana. Em 12/04, o montanhista grego Antonios Sykaris, de 60 anos, faleceu após chegar ao cume do Dhaulagiri. Ele começou a se sentir mal no topo da montanha e recebeu a ajuda de Dawa Sherpa para descer até cerca de 7.400m. No entanto, 15 horas após ter chegado no cume ele não resistiu à falta de oxigênio.

    Dawa Sherpa também precisou ser resgatado e chegou em segurança no Acampamento Base.

    Essa foi a quarta tentativa do montanhista de escalar o Dhaulagiri. Ele já havia escalado o Annapurna, Everest, Lhotse, Kangchenjunga e Manaslu, e também esteve na expedição invernal ao K2 que fracassou após a morte de 5 montanhistas, em 2021.

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