Primeiros cumes no Dhaulagiri 2021. Carlos Soria deixa expedição

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As expedições as montanhas de oito mil metros continuam de vento em popa. Após os primeiros cumes feitos no Manaslu, incluindo o cume verdadeiro escalado por Mingma G, a saga dos oito mil metros foi contemplada na manha de hoje, com novos cumes do Dhaulagiri. Sete Sherpas responsáveis pela instalação das cordas foram os primeiros a chegar ao cume após uma imensa luta contra a neve fofa.


Dhaulagiri

Outros 29 montanhistas entre clientes e guias, seguiram os Sherpas e também alcançaram o cume da sétima montanha mais alta do mundo, com 8.167 metros de altitude. Todavia, as mulheres se destacaram nessa subida, com oito cumes femininos, um número maior que os masculinos, considerando apenas os clientes das expedições comerciais.

Entre elas estava a alpinista Piyali Basak da Índia que escalou a montanha sem ajuda de oxigênio suplementar. “Não sei se algum homem indiano escalou Dhaulagiri sem oxigênio. Pode ser que Piyali seja a primeira pessoa da Índia a escalar o Monte Dhaulagiri sem oxigênio suplementar e provavelmente a primeira civil da Índia a escalar um 8000m sem oxigênio”, disse o montanhista indiano Satyarup Siddhanta.

Já o chefe da equipe de instalação da rota, Sanu Sherpa, também conseguiu um importante feito para seu projeto pessoal que é completar o projeto 14×8000 duas vezes. Assim, o cume do Dhaulagiri é o 10º cume entre os 14 que ele atinge pela segunda vez.

A neve fofa acumulada dificultou a escalada para todos.

Carlos Soria abandona a expedição

No entanto o montanhista espanhol, Carlos Soria, decidiu abandonar a expedição. O veterano está com 82 anos de idade, possui uma prótese de joelho e conhece bem os risco de uma montanha com muita neve. “É difícil para mim subir nessas condições, e a parte superior da montanha está sobrecarregada com neve fresca”, disse ele. “Decidi voltar ao acampamento-base e abandonar minha tentativa de escalar Dhaulagiri nesta temporada”, explicou Soria em um vídeo direto do acampamento base

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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