Refúgio Carrel no Matterhorn será remanejado devido o risco de deslizamento

0

Com 4478 metros de altitude, o Matterhorn é uma das montanhas mais icônicas dos Alpes. Suas paredes íngremes e o formato triangular atraem cerca de três mil montanhistas todos os anos, que escolhem uma das quatro principais cristas que servem como rota para o cume. Mas quem escalar a rota normal no lado italiano da montanha a partir dessa temporada não encontrará mais o famoso Refúgio Carrel no mesmo lugar.

O Refúgio Carrel está 3835 metros de altitude. Foto: Societa Guide Alpino de Cervino.

Isso porque o abrigo localizado no Lion’s Ridge será desmontado e remontado em outro local mais seguro, a cerca de dez metros do cume. A decisão foi tomada para eliminar o risco de deslizamentos e de queda de rochas sobre o refúgio.

Em 2022, o refúgio La Fourche, no Mont Blanc, desmoronou devido à queda de rochas. Felizmente ninguém ficou ferido. No entanto, os deslizamentos de rocha tem se tornado cada vez mais comum devido à falta de neve que ajuda unir as rochas ao solo, dando mais estabilidade a superfície da montanha.

O local passa pelo risco onstante de quedas de rochas e deslizamentos. Foto: Societa Guide Alpino de Cervino.

A troca de “endereço” do refúgio Carrel custará cerca de dois milhões de dólares, o equivalente a cerca de 10 milhões de reais. O local é usado tanto para o descanso durante a subida ao cume como para o abrigo de montanhistas em caso de emergência e mal tempo. Atualmente os montanhistas levam cerca de cinco horas desde a base  até o refúgio Carrel e mais cinco horas de lá até o cume.

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário