Está começando a temporada de primavera no Himalaia, e centenas de expedições estão a caminho dos grandes cumes do Nepal e da China. É hora de darmos uma pinçada no que de principal pode vir a ocorrer na temporada.
Está começando a temporada de primavera no Himalaia, e centenas de expedições estão a caminho dos grandes cumes do Nepal e da China. É hora de darmos uma pinçada no que de principal pode vir a ocorrer na temporada.
O governo do Nepal decidiu aplicar uma redução geral nas taxas de permissão existentes para escalar as grandes montanhas do país, incluindo aí o Everest e as outras montanhas de 8 mil. Algumas pessoas locais criticam a medida, por temer uma maior massificação da montanha.
O alpinista Ueli Steck, apelidado de Máquina Suíça, é um dos montanhistas mais conhecidos do circuito de alta altitude, e virou sinônimo de escaladas solo, em estilo extremamente rápido. Em outubro, ele protagonizou uma das ascensões mais incríveis da história, que foi descrita como uma das mais audaciosas e perfeitamente executadas ascensões dos últimos tempos, solando uma nova rota na face sul do Annapurna (Lindsay Griffin, BMC).
Mas teria esta, verdadeiramente, sido uma escalada solo?
Éramos os primeiros seres humanos a pisar aquele pedaço estreito do planeta. Abraçámo-nos. A celebração ficaria para depois. Naquele momento, estávamos vazios de emoções. Apesar do cansaço, o instinto mantinha-nos atentos, tensos. Apenas queríamos descer o quanto antes. Esperavam-nos ainda muitos rapeis, até alcançar a segurança do colo Alam.
Finalizadas as quatro temporadas de escalada na Ásia em 2013 inverno, primavera, verão e outono (esta, praticamente no fim) já é possível fazer compilação preliminar sobre as atividades latinas no maior dos continentes.
Desde um chinês com 11 8000m+ no cinturão até um cozinheiro paquistanês, as vítimas o ataque sem precedentes ocorrido no Nanga Parbat só tinham uma coisa em comum: Estar no lugar errado na hora errada.
Passados quase dois anos, é hora de resgatar um evento ocorrido em 2011 e que passou quase desapercebido. Em novembro daquele ano, o carioca Antonio Carlos Fernandes de Borja, conhecido por todos como Wally, pisava no cimo do Ama Dablam (o terceiro cume brasileiro naquela montanha).
Os sherpas grupo étnico que habita várias regiões do Nepal e da Índia tornaram-se sinônimo de porteadores (HAPs), escaladores e guias para as empresas comerciais. Seus préstimos são amplamente utilizados por praticamente todas as expedições que operam na Ásia, e suas habilidade e extrema força física são fatores cruciais nos impressionantes números de cumes que têm sido vistos nos últimos anos. São, enfim, a força motora das escaladas no continente asiático.
Décima quinta parte do especial sobre o histórico das expedições brasileiras às maiores montanhas do mundo…
Ainda há espaço para os valores clássicos de montanhismo no Himalaia. Ainda há alguém capaz de lidar com o risco e compromisso na montanha mais alta da Terra. Longe de oxigênio artificial, o que reduz em mais de dois mil metros a altura real das montanhas, o oposto das cordas fixas habituais que prendem entre 50 e 100 escaladores como salsichas ao sol, longe das rotas normais sem querer encontrar nenhum dos oitomilistas normais de se ver, Nobukazu Kuriki levou sua aventura ao passado.