Trajeto pela antiga Estrada do Garrafão nos permite conhecer ainda mais a Serra dos Órgãos
Trajeto pela antiga Estrada do Garrafão nos permite conhecer ainda mais a Serra dos Órgãos
Mesmo em meio a tantas noticias ruins para o ano que acaba de chegar, um momento de paz e serenidade eu achei neste janeiro chuvoso aqui no Rio de Janeiro. Algumas felicidades não podem ser compradas ou programadas como uma expedição. Algumas felicidades vem de momentos singelos e simples, e essa simplicidade acabou por vir na forma de uma montanha para minha alegria.
Na verdade estávamos cansados demais para fazer qualquer coisa mais pesada e queríamos apenas prolongar aquela moleza. Em cima do laço resolvemos descer até a cidade do Rio para descansar e brincar um pouco nas pedras do Pão de Açúcar. Liguei para o Hugo Fialho e a Sara, tios da Solange que moram no bairro do Catete e me convidei para o jantar. Saímos de Petrópolis no cair da noite e chegamos em Duque de Caxias na hora do rush.
Recomeçamos a encontrar os totens de pedra e mais a frente cruzamos um filete de água potável que escorre pela pedra nua. Paramos antes de cruzar um pontilhão metálico para beber e lavar as feridas. Ouvimos alguns gritos e vimos o grupo de São Paulo sinalizando do alto da crista, esperamos ali pela chegada deles e depois partimos juntos. O pontilhão de ferro com piso de madeira vence uma profunda fenda onde despenca um córrego. No lado oposto começa uma extensa escadaria com degraus de ferro chumbados na pedra coberta de barro negro.
Sem perda de tempo continuamos a subir pela trilha muito batida que corta a floresta em direção ao Açu. Alcançamos uma clareira onde a trilha se divide. O Pioli ficou com as mochilas na clareira observando uma grande ave empoleirada nas árvores enquanto eu, o Primata e a Juliana levamos os cantis pela variante à esquerda até cruzarmos um córrego ao lado de uma grande pedra.
Atitudes aparentemente impensadas podem resultar, as vezes, em excelentes resultados. O mês de julho havia iniciado e todos os meus planos de férias estavam cancelados. Planejei viajar para a Bolívia com o Élcio, escalar o Illiamani e percorrer a trilha inca, mas nada deu certo. O acúmulo de trabalho me permitiu poucas escapadas neste ano e o stress já alto continuava subindo quando o Pioli me ligou repassando um convite para escalar no Rio de Janeiro.
A escalada tradicional é muito diferente da escalada esportiva, veja porque e também as manhas para escalar uma via longa passando menos perrengue, menos, pois nesta modalidade a perrengue faz parte da escalada.
Aproveito a discussão sobre as várias formas de burlar o controle no Parque Marumbi para chamar a atenção dos verdadeiros montanhistas, ambientalistas e ecologistas para assuntos e fatos que realmente colocam em risco nossas montanhas.
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