Marmolejo: A montanha invisível pt II
Após um breve descanso comecei a subir. Já passava das 13:00 e o céu estava escuro e ameaçador, mas não havia alternativa, teria que vencer os 650 m de desnível para alcançar o passo e encontrar um lugar para acampar. Eu já havia me abrigado e trocado o boné por um gorro, pois o frio aumentava e começava a ventar mais forte. Com todo o peso que eu carregava teria, no mínimo, umas 4 horas de subida pela frente. O início até que não foi tão difícil, já que a inclinação, que ainda era suportável, era negociada através de zigue-zagues que suavizavam um pouco o percurso. Com aproximadamente duas horas de subida cheguei a uma área mais ou menos plana e com sinais de ser utilizada como acampamento intermediário. Foi quando começou a chover e a nevar, simultaneamente. Era uma neve úmida misturada com uma chuva forte o suficiente para me encharcar. Deu vontade de acampar ali mesmo, mas ainda estava longe do objetivo do dia e o lugar era bem desconfortável. Coloquei a roupa impermeável, respirei fundo e continuei a subir.