Daniela Borges, amiga do escalador, gravemente ferido em um acidente automobilístico na Serra do Cipó (MG), faz um apelo para que a comunidade escaladora ajude Alessandro mais uma vez:
Daniela Borges, amiga do escalador, gravemente ferido em um acidente automobilístico na Serra do Cipó (MG), faz um apelo para que a comunidade escaladora ajude Alessandro mais uma vez:
Existem duas Chapadas Diamantinas, a mais conhecida abriga um Parque Nacional muito visitado. Não conheço no Brasil nenhum outro com tamanha diversidade de ambientes. Apesar disto, prefiro a Chapada do sul. Esta outra Chapada acontece à volta da deslumbrante vila de Rio de Contas, que tem uma história única.
Diferente das capitais da região sul e sudeste, Londrina não foi contemplada com uma serra de respeito próxima como a Mantiqueira, por exemplo. Desníveis relativamente maiores são alcançados apenas indo muito além dos limites da cidade, horas a fio distante da Pequena Londres. Restam então dentro do perímetro urbano morros de altitude modesta que, de desnível similar ao Morro Saboó (em São Roque, SP), se situam em áreas rurais e são acessíveis mediante antigas trilhas tropeiras, servindo de diversão pra caminhantes de pequenos serrotes atrás de montanhismo. No caso,morrismo. Rolês como o Morro das Goiabeiras e o Morro das Mulheres, bate-voltas breves e fáceis nas pacatas, porém charmosas, elevações que destoam da paisagem recorrente, permeada da horizontalidade monocromática de trigo, soja e café.
Depois de algumas semanas de tempo chuvoso, a previsão finalmente era boa (sem chuva, céu azul e poucas nuvens), então, uma coisa era certa: neste fim de semana haveria montanha! A incógnita era a de sempre, para onde ir? A primeira decisão saiu na quinta-feira a noite, iríamos em 4 pessoas acampar em algum lugar na Serra do Ibitiraquire.
Se você olhar a Pedra do Frade de dentro da encosta da Serra do Mar, vai pensar que dificilmente conseguirá escalar aquele cilindro liso que emerge protuberante e ameaçador da vegetação fechada ao seu redor.
Distante cerca de 100km de Londrina e conhecida como a Capital do Tomate, a pacata Faxinal surpreende tb por ser repleto de belas cachoeiras, acessíveis por trilhas bastante fáceis. Com mais de 40 quedas catalogadas, todas com diferentes características mas q possuem a mesma beleza natural. Algumas (as menores) se encontram dentro do perímetro urbano e são de facílimo acesso. Já outras, as mais bonitas, estão mais distantes e se situam dentro de fazendas ou propriedades particulares. Ou quase todas. Como o Salto da Fonte, imponente queda de quase 70m com a qual tropeçamos quase q sem querer nesta breve e descompromissada visita à cidade.
Distante cerca de 65km de Londrina e de nome que homenageia o coronel patrono da estação ferroviária local, a cidade de Cornélio Procópio passaria despercebida pra mim não fosse um pequeno detalhe natureba. É lá que se encontra uma pouco conhecida área de preservação ambiental, o Parque Estadual Mata São Francisco, formada pelo pouco de Mata Atlântica que restou na região. Ilhado em meio a plantações de soja, trigo e café, o parque é também cortado pelo Ribeirão Araras, importante manancial da região. E foi percorrendo uma tranquila trilha no miolo desta unidade de conservação que se tem uma vaga ideia não apenas de como era o Norte do Paraná quando os primeiros colonizadores chegaram à região; se tem uma boa noção da precária situação dos parques nesse estado.
Primeiro de maio era uma data há muito aguardada. Um feriadão de três dias já no início da temporada de montanha, isto é, eram boas as chances de tempo bom e a possibilidade de fazer alguma travessia mais extensa. O problema, como vocês já devem ter percebido, é que o verbo sempre aparece conjugado no passado, eram. Comprei alguns equipamentos novos que estava louco para inaugurar e chegamos até a criar um grupo no whatsapp pra discutir os possíveis destinos e combinar a logística para chegar até lá: travessia crista-garuva, serra do ibitiraquire, campo dos padres, serra do tabuleiro? Tudo iria depender do tempo, e a indecisão de São Pedro só nos confundia.
Perus é um distrito situado na zona norte da cidade de São Paulo que nasceu a beira duma rota tropeira. Contudo, o distrito ganhou destaque mesmo por ser um dos extremos da histórica E.F Perus-Pirapora e por abrigar a primeira fábrica de cimento do país, a Cia Brasileira de Cimento Portland Perus, q por sua vez cedeu material pra construir metade da Metrópole de São Paulo. Ao lado dos Fornos de Ponunduva e o Morro da Gato Preto, esta é mais uma caminhada de cunho histórico q palmilha os trilhos do bucólico trecho entre Perus e Polvilho, se embrenha nas ruínas faraônicas da Portland e finaliza rasgando o miolo proibido do maior parque municipal de São Paulo, o Anhanguera.
Vai lá sim! Se a gente vai lá vocês a pé também podem ir!, afirmou um conhecido meu igualmente trilheiro, porém não adepto do uso das próprias pernas e sim da tração das quatro rodas de sua possante Land Rover. O local em questão era o Morro da Pedra Rachada, situado em Mairiporã (SP), que segundo ele consistia numa colina elevada coroada pelo monólito que lhe empresta o nome. Vai lá que a vista de cima é bem legal!, emendou. Assim, movido mais pela curiosidade que pela falta de opção num domingo acinzentado deste início de outono, decidi então conhecer o lugar. O resultado foi uma pernadinha urbana bem sussa, agradável e cênica de menos de meio período que pode ser emendada com outras trilhas próximas, como a do Pinheirinho e das Torres. Isso numa região que é vizinha da Serra da Cantareira e onde bugios estão bem do ladinho do andarilho.