Escalador italiano que vive na Argentina de longa experiência nas torres graníticas de El Chaltén descobriu com comparação de fotografias antigas e atuais que o polêmico escalador Cesare Maestri, que afirmou ter escalado o Cerro Torre em 1959 pode não ter escalado a montanha naquela ocasião e tenta elucidar como se deu a morte de seu parceiro, Toni Egger, que faleceu no episódio.
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Neste mês de agosto de 2014, fomos todos surpreendidos com o trágico falecimento do amigo Ricardo Baltazar de Oliveira, o grande Rato. Foi uma notícia muito triste para os que o conheciam e para o montanhismo brasileiro também.
“Al Abordaje” é como, em espanhol, gritavam os piratas quando invadiam navios mercantes. O nome condiz bem como foi o contexto da conquista realizada em Dezembro de 2010 por Sergio Tartari, Luciano Fiorenza e Jimmy Heredia no Pilar Casarotto, Cerro Fitz Roy, Patagônia argentina. Com cerca de mil metros de altura, 25 enfiadas, conquistada em estilo totalmente alpino, esta escalada é certamente parte da história do montanhismo brasileiro e argentino e a mais comprometedora via realizada na vida de Serginho, um dos mais experientes escaladores do Brasil. Veja como foi esta conquista.
Hoje, dia 18 de Janeiro de 2010, faz 10 anos que eu e meu amigo Maximo Kausch saímos de casa com uma mochila nas costas e retornamos somente 5 meses mais tarde, percorrendo 10 mil Km de carona pela Patagônia e escalando várias montanhas com apenas 800 dólares no bolso, numa época em que a Argentina era dolarizada…
Durante a expedição de 1958, Maestri realizou um reconhecimento aéreo do Cerro Torre e viu que uma rota na face norte era possível e que o colo entre este e sua agulha vizinha, (posteriormente chamada Torre Egger em honra ao austríaco que morreu nesta ascensão) oferecia um bom lugar de partida para efetuar um ataque final ao cume.
Desde 1936 circulavam entre os escaladores europeus fotos e descrições do Cerro Torre. Estas descrições, mais a idéia que foi se formando de que era uma montanha impossível de escalar, desataram na Europa ambições de escalar-lo.
Em 1910 o padre salesiano Alberto De Agostini desembarcou em Punta Arenas, no sul do Chile, e se tornou o explorador geográfico mais reconhecido da Patagônia.