Temporada em El Chalten já registra duas mortes

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A temporada de montanhismo e escalada em El Chalten na Patagônia argentina ocorre de novembro a março, quando as temperaturas estão mais amenas. No entanto, é nos meses de dezembro e janeiro que montanhistas do mundo todo rumam em direção ao Maciço do Fitz Roy para realizar seus sonhos. Essa temprada de 2022/2023 não foi diferente. No entanto, os primeiros dias dela já registram duas mortes de escaladores.

Christoph Klein era experiente, dono de uma loja de equipamentos e amava a Patagônia.

O primeiro deles foi o montanhista suíço-alemão de 48 anos, Christoph Klein. Ele faleceu após cair em uma geleira na região da Agulha Standhart no dia 19 de dezembro. Ele e um amigo que o acompanhava estavam retornando para a base depois de perebem a piora no tempo. Seu parceiro foi socorrido por outros montanhistas que estavam no local. Ele também constataram a morte de Klein.

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O corpo do montanhista ainda não pode ser recuperado e estima-se que seja necessário o uso de um helicóptero para removê-lo da montanha. Ele era apaixonado por montanhas e possuía experiência em montanhismo.

Já a americana Cassandra Doolittle de 25 anos foi a segunda vítima fatal. Ela ficou presa enquanto rapelava a Agulha Guillaumet e não conseguiu escapar da tempestade. Acredita-se que ela tenha morrido de hipotermia devido ao frio intenso. Ela estava sozinha e enviou uma mensagem pedindo ajuda pelo InReach, na qual informou a sua localização, no último dia 25 de dezembro. Todavia, seu corpo só pode ser localizado dois dias depois. Agora sua família está realizando uma vaquinha online para fazer o translado até os Estados Unidos.

Cassy era escaladora, jogadora de hóquei e amava cantar.

“Contratamos uma equipe particular para trazer Cassy de volta da montanha e acabo de receber a notícia de que sua missão foi bem-sucedida. Nossas orações foram atendidas. Cassy voltou para El Chalten e a equipe de resgate está segura”, relatou sua mãe nas redes sociais.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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