Temporada no Everest termina com quase 700 cumes, a maior parte feita por Sherpas

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A temporada de primavera e também de escalada da maior montanha do mundo terminou. E assim, o cronista, Alan Arnette, publicou um balanço das ascensões nesse ano. De acordo com ele, 689 pessoas chegaram ao cume do Everest, sendo 50 delas pela rota tibetana. Desse total, mais da metade, 399 eram guias e Sherpas.

O Nepal abriga nove das 14 montanhas de oito mil metros

Arnette calculou ainda a taxa de sherpas por montanhista, que nesse ano atingiu o maior número da história. Foram cerca de 1,66 sherpas para cada montanhista que chegou ao cume.

A taxa de sucesso no Everest é de 74%, sendo que 240 montanhistas, dos 325 que conseguiram permissão para escalar, chegaram ao cume. Montanhistas de 39 países diferentes chegaram chegaram ao topo da montanha mais alta do mundo. No entanto, os Estados Unidos ficaram com o maior número dos cumes realizados por estrangeiros. Ao todo, 65 norte-americanos chegaram ao topo do mundo nessa temporada. Eles foram seguidos por 34 montanhistas do reino unido, 26 indianos, 21 nepaleses não Sherpas, 17 russos e 17 canadenses. O Brasil teve 4 representantes no cume.

Outros oito mil

Além das licenças para o Everest, o Nepal emitiu outras 661 permissões de escalada para outras 26 montanhas nessa temporada. Assim, o governo nepalês garantiu uma receita de 4 milhões de dólares, além da geração de emprego para os trabalhadores de montanha e da área de turismo.

O Lhotse teve 135 pedidos de licenças, mas apenas 13 cumes estrangeiros apoiadas por mais 14 Sherpas. Já o Annapurna teve 26 licenças com 7 cumes feitos por estrangeiros e 14 por Sherpas. No Kangchungua foram 69 licenças com 24 cumes estrangeiros e 38 de Sherpas. O Makalu teve 50 licenças com 14 cumes de estrangeiros e 13 sherpas. Assim também o Dhaulagiri recebeu 27 pedidos de licenças com 15 cumes estrangeiros e 17 sherpas. O Manaslu e Cho Oyu não tiveram cumes nessa primavera.

Infelizmente seis montanhistas perderam suas vidas nos oito mil do Nepal. Três deles faleceram no Everest e um no Lhotse, um no Dhaulagiri e um no Kangchenjunga.

  1. Everest, 14 de abril: Nima Tenji Sherpa morreu no Khumbu Icefall por razões desconhecidas, nenhuma queda, avalanche ou doença foi identificada. Ele estava carregando cargas para o acampamento 1.
  2. Dhaulagiri, 11 de abril: O alpinista grego Antonis Sykaris morreu perto do C3 de “exaustão” após o cume.
  3. Kangchenjunga, 6 de maio: Narayan Iyer, índiano de 51 anos, morreu de “exaustão”.
  4. Everest, 8 de maio: Pavel Kostrikin morreu no acampamento 1 depois de ficar doente no C2 no Everest.
  5. Lhotse, 9 de maio: Khudam Bir Tamang, um membro de Hong Sung-Taek, morreu em uma avalanche.
  6. Everest, 12 de maio: Dipak Mahat recebeu o diagnóstico do Mal da Montanha enquanto estava no C2, e morreu no hospital em Katmandu.

Para ver o relatório completo de Alan Arnette, clique aqui!

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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