Uma discussão na entrada principal do Memphis Rox, um conhecido ginásio de escalada em Memphis, no Tennessee (EUA), terminou em tragédia com a morte de dois homens, em 19/06. Um deles era Jarmond Johnson, de 25 anos, era funcionário e membro ativo da comunidade local de escalada. Já a segunda pessoa morta foi identificada como Dejuan Taylor, também escalador. A academia é reconhecida na comunidade de escalada por lutar contra a violência e acolher pessoas em vulnerabilidade social da região.
De acordo com o Departamento de Polícia de Memphis, o incidente ocorreu por volta das 16h, quando uma discussão entre Johnson e Taylor evoluiu para uma troca de tiros. Johnson morreu no local. Taylor foi levado ao hospital em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.
As autoridades também prenderam Farris Haley, de 28 anos, acusado de tentar pegar uma arma e fugir da cena do crime. Ele foi indiciado por adulteração de provas e resistência à detenção.
Johnson era diretor na academia de escalada. Foto: Memphis Rox
Em comunicado divulgado no Instagram, o Memphis Rox anunciou que fechará as portas por uma semana, para que sua equipe e a comunidade tenham tempo de processar o luto. O ginásio é uma organização sem fins lucrativos que busca democratizar o acesso à escalada e oferecer programas de apoio a comunidades carentes de Memphis. A cerca de um ano, Johnson participou de uma entrevista a um jornal local onde declarou que a escalada mudou sua vida e o afastou da violência.
Comunicado da Memphis Rox.
“Esta noite, perdemos um dos nossos membros mais queridos da equipe Memphis Rox para a violência armada. Fecharemos nossas portas esta semana, a partir de segunda-feira, 30 de junho, enquanto processamos nossa dor”, diz o comunicado da academia onde tudo aconteceu.
Segundo uma pessoa que se identificou como testemunha em uma postagem no Reddit, Johnson foi descrito como “um dos poucos heróis que surgiram” durante o tiroteio.
Jarmond Johnson era coordenador no Memphis Rox e uma figura muito querida na comunidade de escalada local. Em janeiro de 2024, ele havia escalado o Monte Quênia, segunda montanha mais alta do país africano. A notícia de sua morte gerou comoção entre escaladores.
