Waldemar Niclevicz e Pedro Hauck comemoram 30 anos da conquista brasileira do Everest com expedição inédita ao topo do mundo

0

Em 2025, completa-se 30 anos desde que o primeiro brasileiro pisou no topo do mundo, o cume do Everest. E para celebrar essa data, será realizada uma expedição especial nessa montanha icônica, com a participação de Waldemar Niclevicz e Pedro Hauck.

Parceiros de longa data, Waldemar e Pedro se unem para expedição comemorativa. Foto: Pedro Hauck.

Em 1991, Waldemar Niclevicz realizou a primeira investida brasileira ao topo do mundo. “Ser o primeiro representava abrir um difícil caminho, desvendar os mistérios do Himalaia e quebrar o mito do maior gigante da Terra. Foi então, com muita dificuldade, devido à falta de patrocínio, que parti pela primeira vez para o Nepal. O outono de 1991 foi rigoroso no Himalaia, e nossa expedição, como muitas outras, se viu derrotada aos pés do Everest”, conta ele.

Mas o montanhista não desistiu. Exatamente às 11h22 do dia 14 de maio de 1995, ele e Mozart Catão entraram para a história do nosso país ao se tornarem os primeiros montanhistas brasileiros a chegar ao cume do Everest. Foram cerca de oito exaustivas horas de escalada para alcançar o topo, o que lhes rendeu fama e projeção, além de ajudar a despertar o interesse dos brasileiros pelo Everest e pelo montanhismo.

Registro de Waldemar em sua primeira vez no cume do Everest. Foto: Mozart Catão

“Deixei meu querido país confiante na vitória, e às 11 horas e 22 minutos do dia 14 de maio de 1995, primavera no Himalaia, nosso belo sonho tornou-se realidade. A bandeira brasileira tremulou, pela primeira vez na história, no Topo do Mundo”, escreveu. Após essa expedição, Niclevicz esteve no Everest outras duas vezes, em 2000 e 2005.

 

 

 

O convite para Pedro Hauck

Já Pedro Hauck é um dos montanhistas mais experientes do Brasil. Ele  faz parte do Clube dos 6 Mil,  sendo o brasileiro que mais escalou montanhas acima de 6 mil metros nos Andes, com 62 cumes. Algumas delas foram escaladas na companhia de Waldemar, durante uma expedição que realizaram juntos em 2013, passando pela Argentina e Chile.

Agora, Waldemar retornará ao topo da montanha onde fez história, e convidou Pedro Hauck para se unir a ele na “Expedição Everest – Brasil 30 anos de História!”. Ela ocorrerá entre os meses de abril e maio, durante a temporada de primavera no Nepal.

Pedro e Waldemar já escalaram diversas montanhas de altitude juntos. Foto: Pedro Hauck

A dupla praticando escalada em rocha no Anhangava, em Quatro Baras, região metropolitana de Curitiba. Foto: Pedro Hauck.

Pedro Hauck, Maria Tereza Ulbrich e Waldemar Niclevicz em Kathmandu. Foto: Pedro Hauck

Uma expedição histórica

Pedro disse que recebeu o convite com entusiasmo e já começou a se preparar fisicamente para essa montanha, além de buscar meios de viabilizá-la financeiramente. “Acho que isso será algo histórico. Já escalei cerca de 12 montanhas de altitude com o Waldemar, mas o Everest é muito especial. Fui muito influenciado por ele. Quando adolescente, os livros dele me motivaram bastante e lembro até hoje da repercussão da escalada de 1995. Vou fazer de tudo para que seja uma expedição bem-sucedida”, declarou Hauck.

Antes da escalada, ambos realizarão o trekking ao Acampamento Base do Everest junto com clientes e subirão algumas montanhas de aclimatação. Para viabilizar financeiramente essa empreitada, os montanhistas também oferecerão vagas para outros montanhistas participarem da expedição, além de buscar patrocínio.

Pedro a caminho do Acampamento Base do Everest em 2024. Foto: Pedro Hauck

“Estou confiante de que vamos conseguir viabilizar financeiramente a expedição. Já temos interessados em participar, pois uma das fontes foi a venda de vagas para outros montanhistas. Espero que outras empresas também se interessem e comprem cotas de patrocínio”, contou Hauck.

:: Saiba mais sobre a expedição: Expedição Everest – Brasil 30 anos de História! 

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário