Fim da Aventura Extra no Llullaillaco

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Terceiro vulcão mais alto do Chile, o Llullaillaco sempre teve problemas de acesso, graças à grande quantidade de minas terrestres instaladas na região. O exército chileno promete acabar com a ‘aventura extra’ até março.


‘Água enganosa’ é o significado em quéchua de Llullaillaco, o terceiro vulcão mais alto do Chile e um dos cinco mais altos do mundo, e também nome do parque nacional que o engloba.

Seu nome na língua quéchua traduz exatamente um dos problemas mais sérios deste vulcão: Praticamente não possui água em suas encostas.

Mas, mesmo assim, este vulcão, que só perde em altitude nos Andes para o Ojos Del Salado e para o Nevado Tres Cruces, é comumente visitado por turistas do mundo todo. Contudo seu acesso, que já é dificultoso em virtude da aridez, torna-se ainda mais perigoso devido à grande quantidade de minas terrestres na região.

São ao todo, cerca de 11 mil minas que cercam o parque e que forma colocadas pelo Exército chileno na década de 70, quando quase ocorreu uma guerra entre os países andinos.

Trinta anos após a ‘quase guerra’, o exército chileno resolveu dar um basta na situação. Num demorado e minucioso trabalho, o batalhão de engenheiros do Atacama completará 2 anos a frente deste projeto, já liberando cerca de 15 campos minados, extraindo quase 10 mil minas terrestres.

A retirada já é considerada significativa, números que representam cerca de 1/3 do total das minas instaladas na região, que comam quase 30 mil minas. Além das instaladas próximo ao Llullaillaco, há ocorrência de minas também nas proximidades de Ollagüe e San Pedro de Atacama.

Segundo o Capitão Alejandro Pérez, a esperança é de acabar com as minas da região até março, podendo aí ser aberta aos turistas. Mas o trabalho é árduo, a altitude, próxima aos 4 mil metros, a baixa temperatura e o vento, são problemas aos soldados. Pior fica durante o inverno, quando a neve e a chuva tornam o trabalho ainda mais difícil e perigoso.

Com a retirada das minas, é esperado um aumento substancial do turismo na região. Segundo os dados da CONAF, que administra o parque, este ano existe sete solicitações de expedição, com cerca de 30 pessoas ao todo, sendo a maioria européia e americana.

Após a confirmação da expedição, a CONAF marca uma data e alguns homens do exército guiam os alpinistas entre os campos minados, para evitar acidentes, até um pequeno abrigo a 4100 metros, do próprio exército, utilizado como primeiro acampamento pelos expedicionários.

Porém a CONAF destaca que este número é muito pequeno para os 268 mil hectares que compõe o parque. “Na região outros esportes poderiam ser praticados, como trekking, mountain bike, parapente e até escalada em rocha”, explica Eduardo Rodriguez, diretor regional da CONAF.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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